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Cultura

Contação de histórias e atividades lúdicas movimentam segundo dia da 4ª Flipontal

Estudantes da rede municipal participam de atividades na Flipontal

O segundo dia da 4ª Feira Literária do Pontal da Barra, nesta quinta-feira (31), foi de inspiração, contação de histórias e poesia. Especialmente para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professor Deraldo Campos, do Vergel do Lago. A turma, com cerca de 18 alunos, recebeu com carinho a Vovó Regina, personagem baseada na avó da pedagoga e técnica administrativa da Secretaria Municipal de Maceió (Semed), Kátia Regina. A ação fez parte da programação da feira.

Na ocasião houve contação de histórias sobre a desobediência e suas más consequências e a importância de obedecer os pais, professores e os mais velhos. Copos de chá e bolinhos foram oferecidos para os pequenos, o que também ajudou a compor um ambiente acolhedor.

Kátia conta que a personagem surgiu na creche onde ela trabalhava em um projeto de contação de histórias. Foi através de um conto, que retrata a vida de uma vovó, que a servidora lembrou de sua avó Regina. Ela começou a se vestir como a personagem na sala de aula, para realizar as dinâmicas do projeto, e as crianças gostaram da ideia.

“Fazer essa personagem é uma sensação maravilhosa. A importância dessa ação é incentivar a leitura e também afetiva, porque quando faço a personagem eu começo a lembrar da minha avó. Minha avó contava histórias para mim quando eu era pequena e tento levar isso para as crianças. Coloco os pequenos para perto de mim e começo a contar a história”, explicou a contadora de histórias.

A contação de histórias chamou a atenção do estudantes Lucas da Silva, 11 anos. “Aprendi que tinha um menino muito desobediente na história, ele não ouviu os pais e por isso se deu mal no final. A feira está muito legal, participei de muitas brincadeiras, das historinhas., enquanto tomava um copo de chá que a vovó Regina ofereceu na sala”, disse Lucas.

O estudante, Fernando Gabriel, 12 anos, contou o que aprendeu da história contada pela vovó Regina. “Aprendi que deve sempre obedecer os adultos, têm que respeitar sempre os mais velhos. Participei também de gincanas, de jogos de adivinhações, eu fiquei muito animado. O que eu mais gostei de hoje foi a história com a vovó Regina”, contou.

A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Deraldo Campos, Rita de Cássia Farias, destacou a importância de desenvolver projetos escolares de incentivo à leitura. “Lá na escola a gente tem um projeto de leitura escrita chamado “Ler para ser”, então a gente está oportunizando novos momentos de contato com o mundo da leitura. Para eles, é extremamente gratificante. O evento é um incentivo para melhorar a performance no tocante à leitura e à escrita”, afirmou.

Literatura e cultura popular

Além das contações de histórias, houve palestras que tiveram como convidados a homenageada da feira, Rosana Mont'Alverne, o cordelista alagoano Jorge Calheiros e a poeta, Mirian Monte. No auditório Lucy de Joazeiro, Jorge e Mirian contaram um pouco sobre suas vivências com o cordel, a literatura e a poesia do cotidiano.

“Eu conto a minha vivência na cidade de Pilar, lugar do meu nascimento, como também as histórias de Maceió, do interior de Alagoas. Transformo o meu cotidiano e as experiências da vida em poesia. Tenho 273 títulos de cordéis e a maioria deles tenho decorados. O cotidiano é inspiração pra eu escrever”, disse Jorge.

Em uma das salas da Escola Municipal Silvestre Péricles, no Pontal da Barra, houve um encontro com a escritora e editora Rosana Mont’Alverne e professores da rede municipal de ensino. A escritora enfatizou as ações desenvolvidas no Município para promover a literatura por meio da escola.

“Eu sempre gosto de conversar com os professores porque eles marcam muito a infância das crianças. Quanto mais os professores ficam bem preparados, melhor. O país precisa de políticas públicas que descentralizem as ações e cheguem nas periferias. Então aqui em Maceió eu fiquei muito encantada e bem surpreendida com a quantidade de ações desenvolvidas no ramo da educação. Quando a gente vê essas ações sendo levadas para as comunidades, o sentimento que bate no peito é de esperança”, disse Rosana.