A partir de hoje (19), aproximadamente 630 universitários brasileiros selecionados no Programa Ciência sem Fronteiras do governo federal começam a carimbar os passaportes para estudar em universidades norte-americanas. Para atender à demanda, a Embaixada e o Consulado dos Estados Unidos organizaram um mutirão de entrevistas de vistos, que ocorre até o dia 23, em Brasília, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Recife.
Eles vão estudar na modalidade “sanduíche” – quando um ano da graduação é cursado no exterior. O anúncio dos primeiros 1,5 mil selecionados do Programa Ciência sem Fronteiras foi feito pela presidenta Dilma Rousseff. Entre os escolhidos, 841 universitários embarcam em janeiro. Os demais viajam em julho.
O projeto prioriza estudantes das áreas de engenharia, física, química, computação, biotecnologia, energias renováveis, além de setores que demandam mão de obra altamente qualificada. A proposta é qualificar os pesquisadores brasileiros e atrair especialistas estrangeiros para o Brasil.
Em nota, o governo norte-americano diz estar comprometido com a promoção da diplomacia internacional por meio de intercâmbios na área de educação. “A missão dos Estados Unidos no Brasil tem feito grandes esforços em escala nacional para apoiar o Programa Ciência sem Fronteiras, proposto pela presidenta Dilma Rousseff, e para agilizar o processo de visto para permitir que o maior número possível de alunos brasileiros estude nos Estados Unidos.”
O Programa Ciência sem Fronteiras foi lançado em julho. O objetivo é que 100 mil bolsas de estudo sejam concedidas nos próximos três anos. Desse total, 75 mil serão financiadas pelo governo, o restante deve ser custeado pela iniciativa privada. O investimento do governo federal alcançará R$ 3,1 bilhões. A benefício inclui passagem aérea, bolsa mensal de US$ 870, seguro-saúde, auxílio-moradia, taxas de infraestrutura, além das mensalidades escolares.
Do total de bolsas concedidas pelo governo federal, 27 mil serão destinadas à graduação, 24 mil a um ano de doutorado, 9 mil ao doutorado integral (quatro anos) e 9 mil ao pós-doutorado. Também haverá 2.660 vagas para pesquisas de seis meses e mais 700 para treinamento de especialistas já empregados por até um ano. Além de 860 benefícios concedidos a jovens cientistas e 390 a pesquisadores estrangeiros virem para o Brasil.