×

Maceió

Conselheiros aprovam projeto de acolhimento para dependentes químicos

Visita ao Centro de Acolhimento

Os serviços de acolhimento, tratamento e reinserção social voltados para dependentes químicos mantidos pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado de Promoção da Paz (Sepaz), foram bem avaliados pelos membros do Conselho Integrado de Políticas de Inclusão Social. Nove conselheiros visitaram o Centro de Acolhimento, no Centro de Maceió, o Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, e a comunidade terapêutica Nova Jericó, em Marechal Deodoro.

Os atendimentos feitos pelo projeto Acolhe Alagoas em todo Estado são viabilizados com recursos do próprio Governo, mas recebem, também, verba oriunda do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecoep), o qual é supervisionado pelo Conselho.

“Não conhecia a estrutura física, mas hoje vi que o empenho dos funcionários parece fazer a diferença. Claro que o tema drogas demanda longa discussão e que requer ações que passam pela educação, segurança pública, por exemplo. Mas na questão da recuperação, a Sepaz tem desempenhado um papel importante”, disse a representante da Pastoral da Criança, ao conhecer as instalações do Centro de Acolhimento, Suely Sobral.

Para a conselheira e secretária de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social, Celiany Rocha, foi interessante conhecer os detalhes de funcionamento do Acolhe. “Pude ver que no Centro de Acolhimento as coisas funcionam com muita organização e muito comprometimento por parte dos funcionários. Não há lugar melhor para servir como porta de entrada para os dependentes químicos e suas famílias do que o Acolhe. O trabalho de reinserção social também é exitoso, tendo em seus quadros dependentes em recuperação”, declarou.

Na rápida explanação que deu aos conselheiros, o secretário de Estado de Promoção da Paz, Jardel Aderico, revelou que mensalmente gasta-se em média R$ 1 milhão com os serviços prestados a dependentes químicos.

“Para se ter ideia do tamanho que os nossos serviços alcançaram, em 2012 um total de 5.212 acolhimentos, com média mensal de 441. Também no ano passado, foram 223 internações no Hospital Ib Gatto Falcão, e a enfermaria foi inaugurada no mês de junho. O Acolhe ganhou uma dimensão que nos não imaginávamos”, afirmou Jardel Aderico.

Programa de Governo

Para professora Ruth Vasconcelos, que representou o reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Eurico Lôbo, membro do Conselho, também esteve na estrutura do Acolhe pela primeira vez, embora já conhecesse a proposta do projeto, o Acolhe Alagoas deve ser transformada em política de Estado.

“Eu vejo como positiva a experiência porque é a demonstração que a Secretaria da Paz está preocupada em fazer uma intervenção imediata com os usuários de drogas. Acredito que é uma iniciativa importante, que deve ser incentivada e transformada em uma política de Estado, para além de uma política de Governo, porque a continuidade de um projeto é fundamental, inclusive em respeito a quem está se beneficiando dele”, defendeu a professora Ruth.

A professora ainda discorreu sobre o envolvimento dos vários setores do Governo e sociedade na evolução e desenvolvimento do Acolhe Alagoas. “Vim representando a universidade e já penso como a Ufal poderá se inserir nesse processo, com articulações e projetos, para que possamos colaborar para o aperfeiçoamento dessa experiência, que, como o próprio secretário apontou, é um processo em construção e precisa de melhorias. Então, vejo como necessário que venham mais investimentos do Estado, parcerias com a iniciativa privada, uma maior articulação entre as secretarias do próprio Estado”.

Integraram a comitiva a secretária de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), Celiany Rocha; Suely Sobral, da Pastoral da Criança; Guillermo Vajas, que representou o secretário Luiz Otávio Gomes, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplande); Analina Calheiros e Ivana Brandão, representando o secretário Marco Fireman, da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra); Olivânia Hipólito, representando Antônio Quintiliano, da Desenvolve; Cléa Mascarenhas, que representou Sérgio Papini, do Movimento Alagoas Competitiva (MAC) e a professora Ruth Vasconcelos, representando o reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Eurico Lôbo.