Uma comitiva com mais de 90 pessoas participa do 26º Congresso Nacional de Secretários Municipais de Saúde, evento que começa nesta segunda-feira, 24, e se estende até a próxima sexta-feira no município de Gramado (RS). O encontro realizado no Centro de Convenções Expo-Gramado reúne secretários municipais, prefeitos, trabalhadores e usuários dos serviços públicos de saúde de todo o Brasil.
O Congresso serve para aprofundar questões sobre políticas públicas, visando o aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS). “Com a participação nas oficinas, cursos, mesas, seminários e painéis, os gestores alagoanos terão a oportunidade de aperfeiçoar a gestão do SUS em seus municípios. A troca de experiências bem sucedidas é também imprescindível para que haja avanços significativos, dentro de cada realidade local”, explica Pedro Hermann Madeiro, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (COSEMS/AL).
Estratégia de Saúde da Família
Na última edição do evento, realizada em Brasília-DF, o foco maior foi o acolhimento dos novos secretários municipais de saúde e a defesa da Regulamentação da Emenda 29. “Este ano, pretendemos levar para a pauta de discussões a Atenção Básica, sobretudo no que diz respeito à Estratégia de Saúde da Família. Nós temos enfrentado graves problemas, principalmente para contratar o profissional médico e para fazer cumprir a carga horária estabelecida na Portaria 648 do Ministério da Saúde”, destaca Pedro Madeiro, ressaltando que o problema não restrito apenas a Alagoas.
Jefferson Willian Moschen, secretário municipal de saúde de Gramado (RS), concorda que essa é uma discussão prioritária. “Em Gramado, nós ainda estamos ‘engatinhando’ no PSF. Temos problemas relativos à contratualização e composição de equipes de saúde da família. Nós possuímos sete unidades básicas e, apenas em uma delas, há uma equipe de saúde da família”, ressalta.
Por outro lado, Jefferson Moschen enfatiza que é um grande defensor da Estratégia, uma vez que ela previne e educa. “O grande problema é que não temos profissionais com o perfil adequado para trabalhar no PSF. O Congresso Nacional será essencial para que dirigentes e técnicos aprofundem a discussão desta temática. Precisamos ser objetivos e dinâmicos, sem medir esforços para alcançarmos os resultados esperados”.
Nas mesas de debates do evento, além da Mesa da Paz, que debaterá a questão da violência, alcoolismo e outras drogas, mais três estão programadas no Congresso Nacional: o Papel do Setor Saúde na Construção do Sistema Universal de Seguridade Social; o Modelo de Gestão: Dilemas da Gestão Contemporânea; e Saúde e Meio Ambiente.
