O ministro das Finanças e vice-primeiro-ministro do Egito, Hazem El Beblawi, pediu demissão nesta terça-feira (11), depois de ser alvo de pressão popular por causa dos confrontos entre cristãos e policiais no último fim de semana. Beblawi renunciou ao cargo, mas não deu detalhes sobre a decisão.
A demissão ocorreu dois dias depois dos confrontos que deixaram 26 mortos, dos quais a maioria era formada por cristãos coptas – um dos segmentos da religião católica, mas que não segue as orientações do Papa Bento XVI. A violência foi motivada depois que uma igreja copta foi atacada, na província de Assuã, segundo os religiosos, por muçulmanos radicais.
As tensões religiosas vêm aumentando nos últimos meses no Egito. Após uma reunião de emergência na segunda-feira (10), o primeiro-ministro do Egito, Essam Sharaf, pediu calma e disse que as desavenças entre muçulmanos e cristãos no Egito são “uma ameaça à segurança do país”.
Para as autoridades egípcias, a violência do domingo (9) foi a mais grave desde que o ex-presidente Hosni Mubarak renunciou ao poder, em 11 de fevereiro. O assunto virou tema de política internacional. O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou a violência e apelou para a busca da paz na região.