Por uma Alagoas livre da pobreza e da homofobia, em busca da cidadania e dos direitos humanos. Esse foi o foco da II Conferência Metropolitana de Políticas Públicas para LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais), realizada em Maceió nesta segunda e terça-feira (12 e 13), reunindo representantes da capital e dos municípios de Paripueira, Marechal Deodoro, Rio Largo, Satuba, Messias, Barra de Santo Antônio, Pilar, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte e Barra de São Miguel.
A solenidade de abertura do evento, que lotou o auditório da Casa da Indústria de militantes e simpatizantes do movimento LGBT e de autoridades – representando o governo Municipal e o Estadual, o Ministério Público e o Poder Legislativo – foi marcada pelo lançamento da campanha “Mães da Igualdade”, que visa a reunião de grupos de mães brasileiras que amam seus filhos e filhas LGBT e lutam pelos seus direitos.
Houve também apresentação artística teatral focada na questão sexual e, durante as falas dos componentes da mesa, os temas mais recorrentes foram a polêmica da homofobia e as desigualdades sociais que ainda prevalecem na sociedade.
O secretário municipal de Assistência Social, Francisco Araújo, falou do compromisso da Prefeitura de Maceió em promover o bem-estar da população, livre de qualquer preconceito, e citou a portaria nº 20, publicada no Diário Oficial do Município (edição de sábado -10), que destaca o papel da Semas na promoção e coordenação de projetos e atividades de direitos humanos para o público LGBT.
O secretário municipal de Educação, Thomaz Beltrão, destacou o conjunto de demandas discutidas durante a conferência e que resultam em políticas de promoção da cidadania e dos direitos humanos. “Os avanços acontecem mais rápido nas outras esferas da sociedade, mas temos que lutar. Temos que ter cuidado para tratar bem da temática LGBT no interior das nossas escolas. Essa luta é uma luta prolongada, e esse é um grande momento que merece o apoio de todas as secretarias e de toda sociedade civil”, disse.
Durante a conferência, foram avaliadas e propostas de diretrizes para a elaboração de políticas públicas para o público LGBT nos eixos de educação e cultura, promoção da saúde, justiça e segurança pública, assistência social e previdência social.