Entidades sociais e órgãos governamentais se reuniram na sexta (28) e sábado (29), em Arapiraca, na IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Alagoas. Com o Tema: ‘Comida de Verdade, no Campo e na Cidade’, a conferência estadual aprovou propostas e elegeu 44 delegados para representar o Estado na etapa nacional que acontecerá em Brasília, nos dias 3 e 4 de novembro.
Entre as proposições aprovadas estão o estímulo a políticas que fomentam a produção natural de alimentos, por meio da agricultura familiar e sua distribuição justa; a educação alimentar, principalmente nas escolas e a ampliação de restaurantes populares.
As discussões giraram em tornos de três eixos temáticos: Comida de verdade: avanços e obstáculos para a conquista da alimentação adequada, saudável e da soberania alimentar; Dinâmicas em curso, escolhas estratégias e alcances da política pública; Fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
De acordo os conferencistas, a realização deste fórum ocorre num contexto de avanços e desafios na implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Eles afirmam que os esforços para tirar o país do mapa mundial da fome são fruto de instâncias participativas como estas. Mas que ainda há muito a avançar nesta temática, com ações estratégias para garantir o acesso à alimentação adequada e saudável para os grupos em situação de vulnerabilidade.
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) participaram do evento. A representante do Ministério, Cíntia Germano, destacou a importância da conferência. “O objetivo é ampliar e fortalecer os compromissos políticos para a promoção da soberania alimentar, garantindo a todos o direito humano à alimentação adequada e saudável, assegurando a participação social e a gestão intersetorial no sistema, na política e no Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional”, ressaltou.
Para o secretário de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, Joaquim Brito, este espaço é muito importante para o processo democrático da construção das políticas públicas. “O Consea está de parabéns pela realização desta conferência. Esta instância é, sem sombra de dúvidas, indispensável à boa prática das políticas públicas e por isso deve ter sua autonomia. O seu mecanismo de controle e deliberação social é de extrema responsabilidade e deve ser radicalmente respeitado pelos órgãos governamentais”, disse o secretário.