Foi inaugurada nessa quarta-feira, 2, no complexo penitenciário, no Tabuleiro do Martins, a unidade Sesi da Indústria do Conhecimento. A cerimônia, marcada pela emoção dos pais e irmãos do agente penitenciários Manoel Messias de Souza que – que deu nome à unidade de ensino – contou com a presença do Intendente Geral do Sistema Penitenciário, tenente coronel, Carlos Luna, do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, empresário José Carlos Lyra, e do desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas, Tutmés Ayran.
Carlos Luna destacou o fato de Alagoas ser o primeiro estado da federação a receber uma unidade da Indústria do Conhecimento dentro de um complexo prisional. “Sou testemunha da luta do secretário de Defesa Social, Dário Cesar, e do desembargador, Tutmés Ayram, para trazer essa unidade para o sistema penitenciário. Nós vamos zelar pela manutenção e conservação deste equipamento fundamental na formação de servidores, de reeducandos e seus familiares”, afirmou o intendente.
José Carlos Lyra, entusiasmado com a excelente repercussão da instalação da unidade, aproveitou o momento para anunciar a intenção do Sesi de abrir uma escola para formar mão de obra dentro do sistema penitenciário. “É preciso investir na ressocialização. Aqueles que tiverem condições de retornar ao convívio social terão todas as oportunidades”, destacou o empresário.
Já o desembargador Tutmés Ayram parabenizou a iniciativa da Federação das Indústrias, através do Sesi. “Uma unidade da Indústria do Conhecimento aqui dentro tem o poder de mudar comportamentos. O Sesi é um parceiro importante para ajudar a mudar a atual realidade do sistema penitenciário”.
O Cantor Messias Lima, pai do agente Manoel Messias Júnior – morto em uma emboscada enquanto escoltava um preso para o Hospital Geral do Estado, em janeiro de 2008 – agradeceu a homenagem em nome de toda a família e pediu empenho das autoridades judiciais para punir os culpados pela morte do filho.
Indústria do Conhecimento – É um projeto nacional que visa a construção de centros de multimídia compostos por uma sala que dispões de 10 computadores com acesso à internet e conta ainda com uma biblioteca que dispõe de 1.000 títulos impressos e outros 18.000 em mídia eletrônica. Além de tudo isso, o centro que será inaugurado amanhã, vai contar com monitores treinados pelo Sesi para ensinar os reeducandos a usar os equipamentos.
Segundo a gestora da Indústria do Conhecimento do Sesi em Alagoas, Silvia Braga, o projeto tem ajudado a elevar o índice de leitores em todo o Brasil e supre a deficiência de acervo das bibliotecas escolares e públicas. Somente em Alagoas, 18 municípios já foram beneficiados com a iniciativa.
O centro do sistema prisional já é o 21º a ser inaugurado em todo o estado. “O objetivo do projeto é promover o acesso à informação, formar novos leitores e promover a inclusão digital”, explicou Braga.