Os mercados públicos de Maceió vão passar por mudanças em breve. A Secretaria Municipal de Abastecimento (Semab) quer implantar entre os comerciantes desses locais uma nova filosofia de trabalho, baseada no conceito de desenvolvimento econômico e sustentável.
Na prática, os mercados oferecerão serviços além da simples venda de produtos, podendo ter programações culturais e venda de artesanato. Outra mudança seria a automação comercial da maioria das barracas, oferecendo opções de venda a crédito e débito aos clientes. Os feirantes também passarão a usar um uniforme padronizado, para facilitar a identificação.
Para implantar as mudanças, a Semab vai fechar um convênio com o Sebrae na próxima semana. Segundo o secretário municipal de Economia Solidária, Arnóbio Cavalcanti, que responde interinamente pela Semab, os mercados públicos ainda adotam um conceito de vendas defasado, datado da década de 70, e não se reciclaram ao longo do tempo.
“O resultado disso é que os mercados públicos acabaram sendo engolidos pelas grandes redes de supermercados e hipermercados, perdendo clientes das classes A, B e C”, afirma o secretário. “Hoje apenas as classes D e E fazem compras com certa frequência nesses locais. Os mercados também só conseguiram manter como fator competitivo os preços baixos. O que queremos é mudar esse quadro”, diz.
Uma das últimas capitais do Nordeste a modernizar seus mercados públicos foi Aracaju (SE). E para conhecer as mudanças lá implantadas a Semab vai levar alguns representantes dos mercados públicos de Maceió para conhecer o case sergipano. A viagem será no dia 19 de novembro.
Nessa primeira etapa o projeto será implantado nos mercados de Jaraguá, Jacintinho, Benedito Bentes e Feira do Tabuleiro. “O Mercado da Produção passará pelo mesmo projeto durante a execução da quinta etapa da requalificação do Centro. Queremos fazer dos demais mercados da capital uma espécie de piloto para esse projeto”, adianta o secretário Arnóbio.