
Repressão à venda de leite clandestino é intensificada em Alagoas
Produtores de leite de Alagoas e representantes do setor reuniram-se nesta segunda-feira, 23, na sede do Ministério Público Estadual (MPE) em Maceió para definir quais medidas serão adotadas para combater a venda clandestina de leite in natura no estado. Segundo a Cooperativa da Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), estima-se que são comercializados 300 mil litros de leite por mês de forma ilegal em todo Estado.
A cooperativa revelou ainda que as cidades de Arapiraca e Maceió negociam 50 dos 300 mil litros de leite por mês. Por isso, o Ministério Público decidiu iniciar o trabalho de conscientização com produtores e comerciantes do município de Arapiraca, onde a prática é mais usual. Os promotores Napoleão Amaral e Dalva Tenório, da comarca do município e do Núcleo de Meio Ambiente, respectivamente, debateram a melhor forma de modificar a situação sem prejudicar os pequenos produtores e o comércio local.
“Iniciamos os trabalhos com essa primeira reunião para saber como trabalharemos para acabar com a venda de leite clandestino, sem que as pessoas que vendem sejam penalizadas, mas sim conscientizadas. Nosso objetivo é proteger a saúde da população que consome esse alimento, já que o leite clandestino traz consigo uma série de riscos à saúde”, avaliou Dalva Tenório.
Para o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, as ações de combate terão mais eficácia e ganharão mais adeptoscom a ajuda do MPE . “Fazer com que Arapiraca seja a primeira cidade é bastante sensata já que lá o consumo de leite é alto. Nosso objetivo não é prejudicar, precisamos conscientizar o produtor para que ele adeque sua produção à realidade legal”.
A secretária de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Inês Pacheco, também participou da reunião e ressaltou a importância de um estudo mais detalhado para que ninguém seja prejudicado. “Essa primeira reunião foi para montarmos uma agenda a fim de solucionarmos esse problema da venda clandestina de leite. Na próxima reunião, nós traremos dados mais concretos para que seja montado um mapeamento das áreas que daremos ênfase nesse combate”, declarou.