×

Sergipe

Com segunda dose da AstraZeneca, Aracaju vacinou mais 736 pessoas, nesta sexta, 25

Tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19 é extremamente necessário

A Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), dá andamento à aplicação da segunda dose da AstraZeneca para o público apto a completar o ciclo vacinal. Nesta sexta-feira, a campanha vacinou 736 pessoas com a segunda dose. Até o momento, a capital sergipana soma 252.202 pessoas vacinadas, o que corresponde a 38% da população.

Desde o último dia 22, a Prefeitura antecipou a aplicação da segunda dose da AstraZeneca agendada até o dia 30 de junho. A estratégia tem como objetivo auxiliar a população a concluir seu esquema vacinal de maneira tranquila, evitando aglomerações e o risco de atrasos por não comparecimento.

Uma das pessoas que concluiu o ciclo, nesta sexta, foi Joélino Magalhães do Nascimento, de 70 anos.”Essa vacina é importante para todos porque somente com ela poderemos nos proteger da doença ou, pelo menos, evitar o agravamento dela. Então, é necessário que todos compreendam essa necessidade e, quando chegar a vez de cada um, que procurem um ponto de vacina e garantam a imunização”, ressalta Joélino.

Assim como ele, Cristina Laura Justos, de 68 anos, se sente mais tranquila por receber vacina. “Por sorte, ninguém da minha família teve covid, mas nunca deixamos de nos cuidar e saber da necessidade de nos mantermos vigilantes. O cuidado é tanto que até fervo os pratos. Por isso essa vacina é tão importante, para que possamos nos sentir mais seguros e, mesmo que o vírus chegue, que seja de uma forma leve”, afirma Cristina.

O desejo de Maria Eliete, de 69 anos, é que todos estejam vacinados, em breve, “para que possamos ficar mais tranquilos”, diz. “Tive covid, mas de forma leve e não tive sintomas, mas não via a hora de estar vacinada e, sobretudo, completar as duas doses. Espero que mais pessoas estejam imunizadas e que entendam a importância da vacina”, destaca.

Para Juliná Freitas, de 72 anos, a vacina deixa o corpo mais forte, por isso não pensou duas vezes e, assim que chegou o momento, garantiu a segunda dose.

“Só a vacina pode nos proteger dessa doença e nos deixar seguros. Hoje, é um alívio poder concluir as duas doses, mesmo sabendo que, por enquanto, ainda teremos que manter todos os cuidados. Mas espero que, em breve, possamos todos estar imunizados”, frisa Juliná.

Cronograma

A Prefeitura de Aracaju retomará a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 na capital, e imunizará, neste fim de semana, dias 26 e 27 de junho, toda a população de 39 anos, de forma escalonada.

Nesta etapa, o público desta faixa etária poderá ter acesso à vacina no drive-thru, instalado no Parque da Sementeira, e em sete pontos fixos. Ao mesmo tempo, a administração municipal dará prosseguimento à aplicação do reforço nos aracajuanos que completaram o intervalo de 90 dias entre as doses.

Importância da segunda dose

Tão importante quanto a primeira, tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19 é extremamente necessário não somente para o controle da circulação do Sars-CoV-2 no país, mas para evitar complicações causadas pelo vírus. A médica infectologista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Fabrízia Tavares, explica a importância do imunizante.

“O indivíduo, tomando uma dose apenas, a gente considera como não imunizado. As pessoas não se enganem que, com apenas uma dose, estão imunizadas, mas não estão imunizadas. Algumas vacinas como AstreZeneca e Pfzer têm mais de 70% da eficácia e a gente sabe que essa imunidade pós primeira dose não é garantida por muito tempo. Todo teste formulado para qualquer tipo de vacina só é concluído, obviamente, quando obedece às fases. Então, em relação à vacina da covid-19, os estudos mostraram que, para se conseguir eficácia satisfatória, para manter uma imunidade um pouco mais duradoura, constatou-se que precisa de duas doses”, enfatiza Fabrízia.

A não aplicação, segundo o Ministério da Saúde, pode favorecer versões mais resistentes do coronavírus, já que uma variante supostamente mais potente do vírus poderia não resistir em um corpo que recebeu duas doses, mas se proliferar em outro que só tomou uma, podendo provocar uma nova onda de contaminações. Para evitar esse cenário, a médica recomenda, além da vacinação completa, a manutenção dos cuidados relativos aos protocolos de biossegurança.

“É importante que os cuidados sejam mantidos após a vacinação, porque a gente sabe que a vacinação é eficaz na minimização dos quadros, ou seja, após infectado, o risco de internação é reduzido. Contudo, ele não é eficaz para o que a gente chama de esterilização, ou seja, os estudos não conseguiram demonstrar que a vacina impedisse a transmissão. Enquanto não tivermos a maior parte da população vacinada, o risco é altíssimo de transmissão. É importante também que a gente mantenha os cuidados ainda mais pensando na circulação de variantes da doença”, pontua a especialista.