A diminuição da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para 0,08% em junho foi puxada pela queda nos preços dos automóveis novos. Segundo o documento divulgado hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esses veículos ficaram em média 5,48% mais baratos em junho, influenciados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em vigor desde 21 de maio.
O movimento também causou impacto no mercado dos automóveis usados, cujos preços tiveram queda de 4,12%. Juntos, automóveis novos e usados contribuíram com -0,26 ponto percentual no índice.
Além disso, os preços dos combustíveis (de -0,64% em maio para -0,51% em junho) continuaram em queda, embora menos acentuada, e também pressionaram para baixo a taxa do grupo transportes, que registrou -1,18% no mês. No mesmo grupo, o etanol apresentou variação de -1,24%, depois de cair 1,34% em maio; e a gasolina ficou em -0,41%, após registrar -0,52% um mês antes.
Por outro lado, pesaram mais no bolso do consumidor, na passagem de maio para junho, as tarifas dos ônibus urbanos (de 0,07% para 0,87%), dos ônibus intermunicipais (de -0,1% para 0,97% em junho) e as aéreas (de -10,85% para 0,76%).
Também contribuíram para a conter a inflação os grupos habitação (de 0,8% para 0,28%), com a influência de energia elétrica (de 0,72% para -0,67%); e artigos de residência (de 0,17% para -0,03%), com destaque para eletrodomésticos (de 0,46% para -1,2%).
Os preços dos alimentos tiveram alta, porém com menor intensidade do que no mês anterior, e a taxa relativa ao grupo passou de 0,73% para 0,68%. O movimento teve a contribuição dos feijões (de 9,1% para – 1,63%), que ficaram mais baratos no período.