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Penedo

Com fim de recursos, juiz de Penedo determina data para julgamento do caso Roberta Dias

Roberta Dias estava grávida quando foi assassinada em abril de 2012 - Foto: divulgação

Após o esgotamento de todos os recursos possíveis, o novo juiz da 4ª Vara Criminal de Penedo, Lucas Lopes Dória Ferreira, determinou que o caso de Roberta Costa Dias, que completa 13 anos sem resolução, seja finalmente levado a julgamento no Tribunal do Júri. A decisão acontece após a manutenção da sentença que pronunciou Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo Santos, acusados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, aborto provocado por terceiros e ocultação de cadáver.

O caso de Roberta Dias, que ocorreu em 2012, será agora analisado por representantes da sociedade penedense, que decidirão se os réus serão condenados ou absolvidos. Segundo as investigações, Karlo Bruno e Mary Jane são apontados como os autores material e intelectual do crime, respectivamente.

De acordo com a denúncia, no dia 11 de abril de 2012, por volta das 16h, a Praça Santa Luzia, em Penedo, foi o cenário onde toda a trama criminosa foi iniciada. Roberta, que estava grávida, foi abordada pelo então adolescente Saullo de Thasso Araújo Santos. O objetivo do crime, segundo as investigações, era subtrair a vida de Roberta e provocar o aborto de seu nascituro, então com três meses de gestação.

A vítima foi capturada e levada para um local deserto, onde foi asfixiada com um fio de extensão de som automotivo. O corpo de Roberta foi posteriormente ocultado em uma cova, que, anos depois, foi localizada. A denúncia ainda aponta que a mentora e financiadora do crime foi Mary Jane Araújo Santos, mãe de Saullo de Thasso, que à época era menor de idade e foi representado perante o juízo da Infância e da Juventude.

A acusação descreve que Roberta foi atraída até Saullo, sob o pretexto de uma conversa sobre a gravidez, que era repudiada pela mãe do adolescente. Ela foi convencida a se encontrar com ele e, durante o trajeto, foi colocada no carro de Saullo, onde também estavam Karlo Bruno, que estava escondido no porta-malas, e ferramentas, como uma enxada e uma pá, usadas para ocultar o corpo da vítima.

O julgamento, que agora será marcado após longos anos de espera, finalmente poderá trazer um desfecho a esse caso que gerou grande repercussão em Penedo e aguarda a justiça há mais de uma década. A data da sessão do Tribunal do Júri ainda não foi divulgada.