Rodrigo Graal comemora o gol da Chapecoense no clássico regional
Diante do Figueirense, vencido em seus domínios no primeiro turno, os três pontos não vieram injustamente para a Chapecoense. A partida que estava prevista para o dia 17 de setembro foi remarcada a pedido do adversário, mesmo sem a conivência da diretoria alviverde. Mesmo com mudanças nas formações, principalmente em relação ao Verdão, o único prejudicado com a alteração em mais de um mês do clássico, o futebol apresentado era para vencer. Não deu.
Sem o goleador Bruno Rangel, a volta do artilheiro do primeiro semestre Rodrigo Gral se fez ver. Somando apenas jogos oficiais, antes do trilar do apito de Guilherme Ceretta de Lima, 42 gols saíram destes centroavantes. Com a característica intrínseca da marcação e raça, impostas pelo treinador Gilmar Dal Pozzo, novamente o confronto teve muita disputa e alta intensidade, o que possibilitou um jogo ‘pegado’. Neste caminho de pedras dos guerreiros, Fabinho Gaúcho sentiu o posterior da coxa e precisou ser substituído ainda no primeiro tempo por Radar, que entrou bem.
Todavia, a mística de ‘matador’ não abandona quem tem faro de gol. Foi assim com Bruno Rangel, que depois de um período com poucas oportunidades ganhou espaço e tornou-se artilheiro da Segundona. Assim também com o homem de mais de 500 tentos na carreira. Em boa sintonia, Athos recebeu a bola e percebeu seu companheiro em direção ao segundo poste, lá, com tranquilidade, pôs a bola na cabeça do camiseta 77 que testou com pouca força, mas muito bem colocado, no contrapé de Tiago Volpi. Bela jogada e certeira testada para coroar a bela noite chapecoense, aos 26 minutos da etapa inicial.
Não adiantou William Thiego fazer gesto obsceno para torcida e árbitro. Nem o arqueiro oponente dar socos em cada cobrança de escanteio no centroavante do Verdão. Muito menos as chegadas mais ríspidas em Tiago Luis e Potita. Prevaleceu o bom futebol e o esquema tático no 4-3-3 fluiu. Assim, a saída para o intervalo foi com o placar favorável.
No retorno para os 45 finais, a motivação não arrefeceu. Entretanto, a equipe de Florianópolis cresceu no volume de jogo e chegou ao empate aos 21 minutos em contra-ataque, gol de Rafael Costa. Um minuto antes, Alemão quase ampliara em cabeçada após escanteio.
Com 32′, um lance que irritou todos os jogadores e torcedores. Athos teve gol mal anulado por suposta falta de Caion no defensor. Isso não existiu. Logo em seguida, Nivaldo teve de se esticar todo para evitar a virada alvinegra. Aos 40′ Caion avançou, se livrou do marcador e na saída do goleiro chutou. Caprichosamente a bola não quis entrar e saiu próximo ao poste esquerdo. Houve pressão nos instantes finais, bolas levantadas na área, mas nenhuma balançou as redes.
A Chapecoense chegou aos 59 pontos na tabela e logo mais, antes do amanhecer, já embarca para Goiânia, onde sexta-feira (25) encara o Atlético, no Serra Dourada. Podem até querer atrapalhar a caminhada, mas a saga dos guerreiros continua em alta, rumo ao sonho. Acredite e faça a sua parte.
Ficha técnica
Chapecoense 1×1 Figueirense – 23ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B (atrasado)
Chapecoense: Nivaldo, Alemão, Rafael Lima, Dão e Fabinho Gaúcho; Wanderson, Paulinho Dias e Athos (Nenén – 35min/2’T); Potita, Rodrigo Gral e Tiago Luis.
Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Figueirense: Tiago Volpi, André Rocha, Thiego, Nirley e W. Saci; Paulo Roberto, Rivaldo, Nem (Tchô) e Maylson (Pablo); Rafael Costa e Everton Santos (Arthur).
Técnico: Vinicius Eutrópio
Gols: Rodrigo Gral (26min/1’T); Rafael Costa (21min/2’T)
Cartões amarelos: Rodrigo Gral (C); William Thiego, Nem (F)
Renda: R$ 80.470,00
Público: 8490 espectadores
Arbitragem: Guilherme Ceretta de Lima (SP), auxiliado por Eberval Lodetti (SC) e Fernanda Colombo Uliana (SC).
