Com um aporte de R$ 1,8 milhão, o governo de Alagoas vai reformar todas as delegacias entre os municípios de Barra de São Miguel e Barra de Santo Antônio. Com isso, o Estado vai melhorar as atuais condições dos locais e dar vazão a um dos maiores anseios da sociedade.
A garantia é do delegado-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, que retomou suas atividades, após uma licença de 45 dias para tratamento de saúde.
A reforma das delegacias é fruto da parceria do governo do Estado com o Banco Mundial. “Inicialmente, já foi autorizado pelo governador o início da reforma na delegacia do município de Paripueira e na Delegacia dos Direitos da Mulher, no centro de Maceió, cujas obras contemplarão ainda mais de 20 delegacias em todo o Estado”, confirmou Barenco.
O delegado-geral está à frente da instituição desde março de 2008, com a missão de implantar um novo modelo administrativo em todos os setores da Polícia Civil e demais diretorias, com o objetivo de modernizar, melhorar a infraestrutura e dar agilidade às atividades da instituição, tendo como foco a boa prestação de serviço à sociedade.
Ainda sobre obras de melhoria, o delegado-geral adiantou que assim como nas delegacias, já está em tramitação no Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) projeto para reformar também as Regionais de Polícia espalhadas pelo interior do Estado, outra antiga reivindicação, entre elas, a da cidade de Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e de Penedo. “Os recursos para essa obra específica deve sair do Fundo de Segurança Pública que o Conseg está analisando”, destacou Barenco.
O delegado destacou ainda que a aquisição de 97 viaturas por parte do governo de Alagoas nos últimos três anos proporcionou a melhoria no atendimento à população e, consequentemente, no apoio das delegcias.
“Atualmente, todas as delegacias dos municípios alagoanos dispõem agora de viaturas, ao contrário do que ocorria, onde delegacias de 16 municípios historicamente nunca tiveram esses veículos”, revelou.
Mais de 4 mil inquéritos foram desencalhados e centrais de polícia faciltam atividade-fim
Dentro da atual política de reforma administrativa, o delegado-geral revelou ainda que já foram analisados pela instituição cerca de 4 mil inquéritos dos mais de 5 mil que estavam paralisados por falta de investigação e continuidade dos processos. “Nossa equipe reabriu inquéritos que estavam dormitando há mais de 20 anos e conseguimos dar encaminhamento a todos os que estavam parados na capital. Os que faltam estão todos em andamento”, garantiu Barenco.
Um dos principais resultados apontados pelo delegado-geral foi a implantação, durante sua gestão, das Centrais de Polícia em Maceió e em Arapiraca. “Esse foi sem dúvida um dos maiores avanços porque os delegados dos distritos especializados em investigar crimes ficaram liberados para se dedicar, exclusivamente, a este serviço, ou seja, à investigação. Além disso, conseguimos retirar todos os presos”, informou.
Dentro desse contexto, Barenco cita também a modernização das Casas de Custódia, que ganharam instalações propícias para atendimento ao público. Ele destaca ainda a Casa de Custódia I, no bairro do Farol, especialmente para recolher policiais civis envolvidos em delitos. Assim como a Casa de Custódia II, no bairro do do Jacintinho, e a Casa de Custódia de Arapiraca.
“A implantação das Casas de Custódia propiciou a desativação de carceragens das delegacias de Maceió, Marechal Deodoro e Barra de São Miguel, fazendo com que os policiais civis dessas unidades possam trabalhar efetivamente em sua atividade fim, que é a investigação”, salientou.
“Paticipamos de um evento na Casa de Custódia do Jacintinho onde depois de mais um ano não houve nenhum tipo de incidente, o que prova o sucesso do projeto”, destacou o delegado-geral.
Dentro da criação das Centrais de Polícia como modelo inovador de atendimento ao público em Maceió e Arapiraca, Barenco explica que a medida possibilitou que todos os flagrantes convergissem para o mesmo local, melhorando o serviço oferecido à população.
Pregão da Polícia Civil gera economia de quase 1, 5 milhão
Outra conquista apontada por Marcílo Barenco é a modalidade do Pregão eletrônico, que trouxe como benefício uma economia de quase R$ 1,5 milhão aos cofres públicos. Desde setembro de 2008, os procedimentos licitatórios são realizados pela própria instituição, por meio de pregões eletrônicos, na sede da Polícia Civil.
“Hoje a Comissão Permanente de Licitação é referência no Estado e foi a primeira a utilizar o sistema Comprasnet, do governo federal, nas aquisições e contratações”, informa o delegado-geral. “Somente nos cinco primeiros meses de 2010, a Polícia Civil de Alagoas economizou R$ 1,4 milhão com o pregão eletrônico”, disse Marcílio Barenco.