
Casa de farinha da comunidade quilombola Vila Santo Antônio será reformada e ampliada
A comunidade quilombola Vila Santo Antônio, situada na zona rural do município Palestina, no Sertão alagoano, está em festa. A ordem de serviço para reforma e ampliação da casa de farinha da comunidade remanescente de escravos negros será assinada nesta sexta-feira, 11, pelo superintendente regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo.
A cerimônia será realizada às 10 horas nas instalações ainda precárias da casa de farinha, situada no povoado quilombola. Para execução da obra, a Codevasf contratou a construtora Lisboa & Chagas Ltda, vencedora do processo licitatório. Após a assinatura da ordem de serviço, a empresa terá 60 dias para executar os serviços. Antes da assinatura do documento, a Codevasf fará um peixamento no açude do DNOCS que atende a Vila Santo Antônio, com a inserção de 30 mil alevinos.
Para a reforma da estrutura arcaica, a Codevasf está investindo aproximadamente R$ 50 mil, recursos de emenda parlamentar do deputado federal Joaquim Beltrão (PMDB), que também estará presente à solenidade. As obras incluem a ampliação do galpão atual, colocação de portas, novas instalações elétricas, construção de um banheiro feminino e outro masculino, colocação de tanque para coleta da manipueira, líquido tóxico liberado durante a prensa da mandioca, evitando o mal cheiro e a contaminação do solo, entre outras benfeitorias.
Melhores condições de higiene e qualidade de produto
O projeto de reforma foi elaborado pela Gerência Regional de Infraestrutura e Desenvolvimento da Codevasf em Alagoas. De acordo com o engenheiro civil Luiz Alberto Moreira, as obras devem transformar a atual casa de farinha. “O principal benefício será dotar a estrutura existente de melhores condições de higiene e melhoria na qualidade do produto”, explicou.
Já o superintendente regional da Codevasf em Alagoas aposta que a nova estrutura será um divisor de desenvolvimento para a comunidade quilombola. “A modernização desta casa de farinha certamente trará o aumento na qualidade do produto produzido pela comunidade. Por isso, a Codevasf acredita que essa infraestrutura produtiva ampliada irá repercutir positivamente nas condições sociais e econômicas desta população ao aumentar a inclusão produtiva de jovens da comunidade”.