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Alagoas

Chuva causa inundações no sistema penitenciário

As chuvas que caíram na noite desta segunda-feira (18) e na madrugada desta terça-feira (19), em Maceió, causaram alagamentos em vários pontos do complexo penitenciário. Na Fábrica de Esperança, o funcionamento de parte das oficinas de laborterapia e da cozinha foi suspenso por conta da água e da lama. O Baldomero Cavalcanti foi a unidade que mais sofreu com a inundação. A Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP) enviou equipes da engenharia e da limpeza, equipadas com um trator, para tentar desobstruir a passagem da água.

Água e lixo vieram do conjunto Gama Lins e de outros residenciais próximos, ficando acumulados no terreno do sistema penitenciário. Um muro construído pela Universidade Federal do Alagoas (Ufal) impedia o escoamento da água, que ficou concentrada na área do Baldomero Cavalcanti – o maior presídio de Alagoas – alagando corredores e parte dos módulos. A cozinha e o canil também ficaram inundados. Do alto da muralha, era possível ver as construções modulares cercadas pela água. Por conta do alagamento das instalações foi determinado o corte da energia elétrica da unidade.

A primeira refeição do dia dos reeducandos, por conta dos alagamentos, foi servida com atraso. A operação de destranca (liberação dos presos para o convívio nos pátios internos), devido à falta de segurança, também foi suspensa. A gerência geral do Baldomero conversou com os familiares dos presos sobre as medidas tomadas.

Próximo ao Baldomero Cavalcante, um grande lago se formou impedindo a passagem de pessoas e veículos pela rua que passa ao lado do presídio. Dois carros de servidores tentaram passar pelo local e ficaram cobertos parcialmente pela água.

O superintendente Geral de Administração Penitenciária, tenente-coronel Carlos Luna, esteve no local acompanhando a mobilização e os trabalhos das equipes. “Apesar dos estragos causados pela chuva, estamos tomando todas as medidas possíveis para que as unidades atingidas voltem rapidamente à normalidade”, destacou.

“Outra preocupação nossa é com a saúde de servidores e reeducandos. Devido à água misturada com lixo e esgoto, é preciso a adoção de medidas sanitárias para evitar algum tipo de contaminação. Determinamos à Direção de Saúde uma atenção especial nesse sentido”, destacou Carlos Luna.