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Política

Chanceler: pandemia mostra espírito de tradição diplomática do país

Para Ernesto Araújo, relações nunca foram tão proveitosas

Considerado peça-chave no governo federal, Ernesto Henrique Fraga Araújo, 53 anos, diplomata de carreira e atual ministro das Relações Exteriores afirma que a pandemia do novo coronavírus revelou o verdadeiro espírito da tradição diplomática para o povo: ajudar conterrâneos ao redor do mundo a retornarem à pátria e viabilizar o comércio e as relações com países em crise, mesmo em seus piores momentos.

Em entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, o chanceler conversou sobre os principais tópicos das relações internacionais e os episódios mais recentes do cenário mundial: a pandemia do novo coronavírus, a explosão no Líbano, os acordos no Oriente Médio e as eleições norte-americanas. A entrevista com o chanceler Ernesto Araújo vai ao ar hoje (23), às 19h30. A entrevista também poderá ser assistida pelo canal da TV BrasilGov no YouTube.

Com a pandemia de covid-19 e a reação de fechamento das fronteiras de alguns países, vários brasileiros se encontraram “ilhados” e sem possibilidade de retorno ao país. Um esforço do governo federal, coordenado pelo Itamaraty, foi feito para que essas pessoas pudessem escolher voltar ao país em segurança, com protocolos sanitários que, à época, ainda não eram oferecidos. Segundo Araújo, a operação de repatriação dos brasileiros no exterior no início da pandemia, foi “a maior operação desse tipo já feita na nossa história”.

“Ajudamos, de diferentes maneiras, o retorno de 38 mil pessoas. Conseguimos traduzir concretamente o conceito de ‘ninguém fica para trás’ que foi adotado nesta gestão”, argumentou Araújo.

Para ele, foi bonito ver os vídeos que as pessoas fizeram. “Não foi um embarque normal. Elas chegam aqui com bandeira, com a sensação de fazer parte de algo maior. É a missão do nosso governo: nos conectar com o povo brasileiro e fazer o que os brasileiros precisam. Nada mais nobre do que ajudar pessoas que precisam voltar para a pátria quando enfrentam dificuldades. É algo que remete à nossa vocação básica de diplomatas do Itamaraty.”