IPC foi divulgado nesta segunda-feira, pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento
A pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado nesta segunda-feira (10) pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan), apontou um acréscimo de 0,91% no valor da cesta básica de dezembro de 2010 em relação a novembro do mesmo ano. A variação indica que o trabalhador maceioense gastou a quantia de R$ 204,58 com a sua alimentação pessoal.
A abóbora (-4,17%), a margarina (-2,1%) e o amido de milho (-1,1%) figuram entre os produtos que tiveram as maiores quedas nos preços. Óleo de soja (4,87%), tomate (4,85%), farinha de mandioca (3,13%), carnes (1,01%), café (0,84%) e banana (0,71%) foram os produtos que registraram as maiores altas na inflação.
Segundo o gerente do IPC, Gilvan Sinésio, apesar de a carne ter apresentado uma menor variação se comparada ao mês de outubro (1,85%) e novembro (1,59%), o produto apresentou alta, em todo o país, devido ao aumento da exportação e à diminuição da quantidade de gado de corte.
Entre os produtos que têm maior influência no valor final da cesta básica, o feijão (-0,99%) e o arroz (-0,58%) foram os que registraram preços mais baixos. “Como o valor do feijão e do arroz havia subido muito, em dezembro tivemos uma acomodação dos preços desses produtos, além da colheita desses grãos terem aumentado em regiões produtoras”, explica Sinésio.
No acumulado do ano, os itens da cesta básica que mais influenciaram na inflação foram o tomate (23,10%), a farinha de mandioca (13,34%), o óleo de soja (12,34%), a carne (6,88%) e o leite (6,38%). Os itens que sofreram as maiores baixas anuais foram a manteiga (-0,39%), o arroz (-0,48%), o café (-1,31%) e o feijão (-2,96%).
Custo de vida – O Índice de Preço ao Consumidor (IPC) da capital apresentou uma variação de 0,69% no mês de dezembro. Os grupos componentes do IPC que registraram maiores altas foram: transportes (2,16%), educação (1,62%), vestuário (0,95%), alimentação (0,67%), habitação (0,37%) e despesas pessoais (0,34%).
O grupo alimentação, constituído por 12 subgrupos, apresentou alta em dez deles: legumes (1,64%), frutas (1,54%), vísceras (1,47%), tubérculos e outros (1,07%), carnes (1,01%), produtos industrializados (0,49%), verduras (0,38%), alimentação fora de domicílio (0,36%), panificados (0,34%) e pescado (0,07%).
No grupo habitação, o subgrupo manutenção do domicílio não sofreu variações, enquanto artigos de cama, mesa e banho (1,27%), aluguel residencial (0,55%), artigos de limpeza (0,44%) e principais bens duráveis (0,17%) sofreram variação positiva.
Em relação ao vestuário, “o aumento registrado na variação se deve às compras para as festas do final de ano”, explica Sinésio. Já o grupo transportes foi impulsionado pela alta no subgrupo veículo próprio (3,93%).
O IPC fechou o ano em 5,21%, acima dos 3,47% registrados em 2009. Em 2010, o grupo fumo e bebidas foi o que teve o maior aumento, de 9,31%, seguido de vestuário (7,56%), educação (6,62%) e transportes (5,32%). O grupo alimentação passou de 1,61% em 2009 para 5,05% no ano passado.
