×

Negócios/Economia

Cesta Básica fecha mês de fevereiro em alta

Tomate elevou a cesta básica

A Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan), divulgou nesta quinta-feira, 11, a pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que informa os valores de bens e serviços que compõem a Cesta Básica e o Custo de Vida do trabalhador maceioense que ganha de um a oito salários mínimos.

Segundo a pesquisa, a Cesta Básica no mês de fevereiro, sofreu um acréscimo de 2,52% em relação a janeiro. Esta elevação comprometeu 35,86% do salário mínimo, o que corresponde à quantia de R$ 182,87.

Os itens que mais contribuíram para a elevação do preço da Cesta foram o tomate (27,03%), a farinha de mandioca (1,09%), o açúcar (0,92%), o arroz (0,56%). A grande alta do tomate, segundo o gerente do IPC, Gilvan Sinésio, se deve ao período de chuva nas regiões produtoras.

“Os altos índices pluviométricos no Sul e Sudeste do Brasil ocasionam uma menor produção do tomate, já que este é um produto perecível”, explica Sinésio. O mesmo ocorre com o arroz. Já a farinha de mandioca sofreu variação devido ao período final da safra do produto.

O aumento do açúcar, segundo Sinésio, está ligado à exportação do produto para vários países. “Com a quebra da produção do açúcar na Índia no ano passado, o país que mais exportava o produto, o Brasil passou a produzir o açúcar para exportação, e o resultado foi o seu encarecimento para o consumo interno”, lembra Sinésio.

Entre os produtos da Cesta Básica, os que apresentaram maiores quedas nos preços foram o café (-0,88%), o pão francês (-0,54%) e o leite (-0,49%). A deflação do café se deve a época de colheita do produto e consequentemente uma maior oferta. O pão francês, segundo Sinésio, sofreu decréscimo por uma questão de concorrência de mercado. A deflação do leite se deu de forma semelhante. Para Sinésio a entrada de uma nova marca do produto no mercado com preços mais acessíveis desencadeou redução nos preços de outras marcas.

Custo de vida – O Índice de Preços ao Consumidor registrou uma variação de 0,45% no custo de vida na cidade de Maceió. Os grupos que mais influenciaram o IPC, no mês de fevereiro, foram os segmentos Alimentação (0,42%), Habitação (0,23%), Fumo e Bebidas (0,86%), Transporte (1,30%) e Saúde (2,11%).

O grupo Alimentação teve um peso considerável no orçamento doméstico de 48,35%, e apresentou os seguintes subgrupos com variações consideráveis: Verduras (1,88%), Legumes (11,78%) e Frutas (0,35%).

O grupo Habitação foi puxado principalmente pelo aluguel residencial (0,56%), item que tem um peso no grupo de 5,41%, o mais alto. A esponja de aço (1,39%), o sabão em barra (1,22%) e o sabão em pó (1,81%) também influenciaram na variação do grupo.

Fósforo (7,76%), Refrigerante (2,07%) e Cerveja (1,82%) foram os produtos responsáveis pela variação do grupo Fumo e Bebidas. A variação do grupo Saúde ficou por conta da previdência do INSS (6,29%), paga pelos empregados assalariados e autônomos. Já a variação no grupo Transporte ficou por conta, principalmente, do aumento no item combustível (2,55%), impulsionado pela alta do álcool.