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Meio Ambiente

Cerrado é tema central na 63ª Reunião Anual da SBPC em Goiânia

Foi aberta na noite deste domingo (10/7), no Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG), a 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A reunião, um dos maiores eventos científicos da América Latina, termina no próximo dia 15, com uma estimativa de participação de aproximadamente 16 mil pessoas, entre profissionais, pesquisadores e estudantes. O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, participou da solenidade de abertura, representando a ministra Izabella Teixeira.

Neste ano, o encontro tem como tema central Cerrado: Água, Alimentos e Energia. O bioma foi escolhido por ser um ecossistema de alta relevância ambiental, com significativo potencial econômico e social. Para o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, “a expectativa é a de chamar a atenção para o potencial do Cerrado, para a necessidade de preservação, conservação e exploração sustentável”.

Mercadante também falou sobre a questão da divisão dos royalties do Pré-sal, assunto atualmente em debate no Brasil. Ele defende a divisão para utilização no investimento à ciência e tecnologia. “Temos de priorizar educação, ciência, tecnologia e meio ambiente para construirmos um País diferente. Não podemos cometer erros históricos como outras nações exportadoras de petróleo”, disse. Segundo o ministro, serão cerca de US$ 5 trilhões que entrarão na economia brasileira por meio do petróleo do Pré-sal.

O reitor da UFG, Edward Madureira Brasil – anfitrião do evento, ressaltou a importância da SBPC ao longo da história como trincheira de defesa das liberdades e como fomentadora de avanços científicos e tecnológicos. Ele defendeu a necessidade de constar no Plano Nacional de Educação (PNE), que está em discussão no Congresso, a destinação de 10% do PIB para a área. Ressaltou, ainda, a importância em se pesquisar a biodiversidade na busca da preservação do Cerrado.

Código

No encerramento, a presidente da SBPC, Helena Nader, manifestou a preocupação da comunidade científica com a aprovação do Código Florestal Brasileiro no Senado, da forma como foi aprovado na Câmara. Ela disse esperar que os senadores observem as ponderações feitas pela SBPC, afirmando que o aumento dos índices de produção se deve à ciência, às pesquisas desenvolvidas nos diversos centros no País.