Mais 200 empregos diretos e outra centena de empredos indiretos serão gerados com a vinda da unidade fabris da Cerâmica Elizabeth, em Alagoas. Essa foi a garantia que o governador Teotonio Vilela Filho recebeu da diretoria do grupo empresarial que gerencia a fabricante de pisos e demais utensílios ligados a construção civil, nesta quarta-feira, 17, em encontro na Paraíba.
Serão R$ 100 milhões em investimentos para a primeira fase de instalação da unidade em Alagoas, com início previsto para este semestre. Em visita à unidade da Cerâmica Elizabeth, no município do Conde (PB), o governador Teotoni Vilela e o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, acompanharam todo o processo de fabricação do material desde a preparação da matéria prima – argila e sienito -, a compactação desse material, aos fornos com altas temperaturas [no caso do porcelanato chega a 1.250º], até ao momento do empacotamento do produto final.
“Saio da Paraíba com um sentimento de confiança de que Alagoas consolida a cada dia a imagem e o prestígio diante dos investidores do Brasil e isso se deve graças ao nosso Governo”, comemora o governador, apontando que em Alagoas, o empresário encontra celeridade nos trâmites processuais, segurança jurídica, orientação, assessoria em para cada passo.
Outro motivo apontado pelo governador é que o Estado de Alagoas oferece hoje incentivos atrativos: fiscal, creditício e locacional, por meio do Prodesin – Programa de Desenvolvimento Integrado. “Em Alagoas, o governador e o secretário [Desenvolvimento Econômico] acompanham pessoalmente o desenvolvimento de cada empreendimento. Este é o diferencial que está atraindo os investidores de todo o país”, explica o governador.
No caso da Cerâmica Elizabeth, após uma prospecção realizada no ano passado, os diretores e engenheiros identificaram matéria-prima de qualidade, incentivos governamentais, gás natural e água em abundância, insumos estes importantes para indústria cerâmica.
“A decisão por Alagoas foi rápida, pois há necessidade de ampliar a produção, para atender a demanda do mercado, e Alagoas era o único Estado nordestino que possui gás natural e havia fábrica de cerâmica”, disse o diretor-presidente da Elizabeth, José Nilson crispim.
O negócio
Segundo o diretor George Henrique Crispim, o projeto industrial, ainda em elaboração, já mostra que a fábrica em Alagoas terá uma área construída nessa primeira fase de aproximadamente 50 mil m², podendo chegar a 80 mil m²,que produzirá 1,6 milhão de m² de pisos ao mês, entre cerâmica comum e o porcelanato.
“A unidade de Alagoas irá fabricar desde cerâmica de baixo custo ao porcelanato. A intenção da empresa é extrair toda a matéria prima de Alagoas, e essa atividade poderá ser própria ou terceirizada, pois serão necessários 35 mil toneladas ao mês para a produção mensal de 1,6 milhão de m² de pisos”, explicou George.
O consultor da Elizabeth, Heraldo Melo, confirmou que esta semana ainda finaliza o projeto econômico-financeiro da unidade de Alagoas que será encaminhado ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Alagoas (Conedes), onde será avaliado para a concessão dos incentivos. Com a conclusão do projeto industrial em dois meses, a diretoria terá a definição dos equipamentos para unidade em Alagoas e, a partir desse, serão criados o arquitetônico e o de engenharia civil.
O consultor explicou que 80% dos maquinários da unidade alagoana serão fabricados na China mas com tecnologia italiana, levando um período de um ano para ficarem prontos após a solicitação do pedido por encomenda. “Já demos entrada no pedido de licença ambiental no IMA [Instituto do Meio Ambiente]”, disse.
O secretário Luiz Otavio Gomes explicou que desde o conhecimento do interesse de expansão da empresa no Nordeste que o governo do Estado mantém contato com a direção da Elizabeth para a construção dessa nova fábrica em solo alagoano. “A industrialização de Alagoas é real. Nesta sexta-feira (19), iremos comemorar a inauguração de mais uma indústria, uma conquista do governador Teotonio Vilela Filho”, afirma o secretário Luiz Otavio Gomes, após conhecer a indústria da Cerâmica Elizabeth.