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Sergipe

Centro de Referência em Educação Especial realiza capacitação sobre Avaliação Biopsicossocial

Evento foi direcionado aos técnicos das diretorias regionais de educação.

O Centro de Referência em Educação Especial de Sergipe (Creese), que está vinculado à Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), realizou nesta terça-feira, 26, um encontro formativo para dialogar sobre os aspectos inerentes à Avaliação Biopsicossocial e ao preenchimento da caracterização. O evento foi direcionado aos técnicos das diretorias regionais de educação.

A professora Eliane Passos, diretora do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase), explicou que esse é um momento importante de socialização e alinhamento de ações específicas do Creese, visando a um entendimento mais efetivo no que se refere à Avaliação Biopsicossocial, “a que os nossos estudantes se submetem para definir qual a necessidade de apoio escolar que eles vão ter ao longo da sua trajetória estudantil”.

O diretor do Creese, professor Anderson Araújo, ressaltou que o encontro esclarece pontos importantes sobre a avaliação. “Nosso objetivo é estreitar nossas relações e nos conectarmos mais com as demandas inerentes aos desdobramentos do relatório biopsicossocial. A importância desse momento é justamente o entendimento que vem a ser a avaliação, que ultrapassa uma avaliação diagnóstica, do saber ou não saber se aquele aluno tem deficiência, mas sim trazer suportes pedagógicos e metodológicos para que o aluno seja melhor incluído, então se trabalha a inclusão com equidade, na qual a escola oferta a suas aulas a partir daquilo de que o aluno precisa”.

“A avaliação traz esse sentido do olhar, do acompanhar e do identificar, a partir de uma equipe multidisciplinar. Nós temos o Serviço Social, a Psicologia, a Psicopedagogia e a Fonoaudiologia, que vai se debruçar na identificação desse aluno e transcrever suas necessidades. Isso proporciona uma qualidade de atendimento especializado e qualidade do atendimento inclusivo”, completou o diretor do Creese, Anderson Araújo.

A formação

O encontro formativo foi mediado pelos profissionais que atuam no Creese e contou com orientações técnicas a respeito de cada área que contempla o funcionamento do serviço junto às escolas sergipanas. O psicólogo Anderson Xavier disse que o processo de tentar identificar quais são as dificuldades, as potencialidades do aluno e a maneira como ele aprende, além do modo que ele se relaciona, normalmente exigem muito tempo de investigação.

“Por isso a gente cria ferramentas de apoio para coletar informações, como a anamnese social, uma entrevista feita com a família que procura levantar todos os dados do histórico da criança, e a caracterização psicossocial, ferramenta para colher informação da equipe escolar, de como eles percebem essa criança na sala de aula e no convívio escolar. Essas informações vão nos ajudar a pensar e compreender de uma forma mais holística esse estudante e a dinâmica dele na escola”.

Quem também participou da formação foi a fonoaudióloga Clarissa Santana. Ela explicou como a fonoaudiologia se aplica a esse processo. “Ela faz parte dessa equipe pedagógica para identificar as dificuldades do aluno, se essa dificuldade tem uma ação direta ou interferência com a linguagem, ou se esse problema está interferindo na aprendizagem. Então é um olhar voltado para a comunicação, seja ela oral, da leitura e escrita, do processamento auditivo, de como a criança ouve aquelas informações. Todos os aspectos da comunicação falada e ouvida fazem parte desse processo de busca diagnóstica pelas dificuldades que o estudante está apresentando”.

Já o psicopedagogo Francisco Vital esclareceu dúvidas sobre o formulário de caracterização enviado pela escola. “Nosso trabalho é identificar o processo de escrita, leitura, domínio da matemática. Nesse sentido, observamos os pontos que são principais e importantes para o desenvolvimento da criança na sua aprendizagem. Então a gente acompanha a criança na escola, faz algumas avaliações, e a partir destas, orienta naquilo que for possível, criando estratégias pedagógicas para que o aluno possa avançar na aprendizagem”.