Alunos do Centro de Excelência Dom Juvêncio de Brito, de Canindé de São Francisco, alto sertão, unidade de ensino estadual circunscrita à Diretoria Regional de Educação 9 (DRE 9), estão participando da Mostra Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada no período de 23 a 29 de julho, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba (PR), durante a 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O projeto ‘Farma Sertão’, criado e orientado pela professora do centro, Lark Soany, desenvolve fitoterápicos a baixo custo, utilizando as plantas nativas da região do Alto Sertão Sergipano. A prática é realizada no laboratório da escola da rede estadual de ensino e também nas cozinhas das casas dos estudantes, com material alternativo e de forma replicável.
A professora Lark Soany disse que é gratificante para ela e para os alunos participarem do maior evento de ciência da América Latina. “Participar dessa mostra deixa evidente que o que estamos produzindo no sertão faz sentido e é de qualidade. O sentimento é de orgulho e gratidão por tudo que estamos conquistando. Além disso, estamos mostrando que a escola pública de Sergipe produz ciência”, explica a professora.
Em 2022 os estudantes do Centro de Excelência Dom Juvêncio de Brito foram premiados com o terceiro lugar geral na Cienart, a Feira Científica de Sergipe, o que os levou a participar da Mostra Nacional de Feiras. Futuramente os jovens participarão de outros eventos científicos, como a Mostra Nacional de Feiras de Ciências, que acontecerá em setembro, em Brasília, e a Feira de Ciência e Tecnologia das Nações (FeNaDante), do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, também no mês de setembro.
Além da socialização de experiências com estudantes de diversos cantos do país, o intercâmbio cultural nessa viagem e em outras de que eles já participaram ajudará os estudantes a ampliarem os horizontes sobre os próprios projetos e também sobre outros. “É experiência para a vida pessoal e acadêmica e os estudantes enxergam que existe um mundo de possibilidades além dos limites de Canindé”, acrescenta a professora.
