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Maceió

Central de Tratamento de Resíduos começar a operar em 10 dias

A primeira célula da Central de Tratamento de Resíduos de Maceió (aterro sanitário) deve começar a operar em até dez dias. Técnicos da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma), juntamente com membros do Conselho Municipal de Proteção Ambiental (Compram) e representantes da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), estiveram no local para vistoria e concessão da licença de operação. Segundo o secretário da Sempma, Ricardo Ramalho, as obras estão de acordo com o projeto apresentado e atende aos critérios ambientais exigidos.

O assessor técnico da Slum, Alder Flores, acompanhou a equipe explicando passo a passo como se dará o processo de tratamento dos resíduos. “O caminhão é pesado quando chega e quando sai. Aqui, vamos receber todo tipo de resíduos e cada um vai ter sua célula. Os resíduos da construção civil, por exemplo, serão triturados e poderão ser reutilizados”, afirmou.

No local, além de estação de tratamento (ETE), haverá usina de reciclagem de inertes (URI), compostagem, mirante, aterro classe I, vala de animais mortos e resíduos domiciliares. Ao todo serão oito células. A de resíduos domiciliares e a vala de animais, por exemplo, começam a operar até o final do mês e têm durabilidade prevista de cinco anos. Depois serão fechadas.

“Cada célula possui três mantas para impermeabilizar o chorume, que seguirá para uma lagoa, que também é revestida e tem capacidade para 5 mil metros cúbicos de acumulação”, destacou Wagner Pinheiro, o gerente operacional da V2 construções – empresa responsável pelas obras.
O chorume será direcionado para uma central onde será decantado, tratado e armazenado nessa “lagoa”. De lá, um caminhão fará a sucção, e a água já tratada será reaproveitada.

O superintendente da Slum, Ernande Baracho, disse que a área onde funciona o atual lixão deverá ser recuperada em 20 anos. “Temos esse prazo para recuperar, e à medida que for desativando, vamos replantar, fazer estudos do gás, do chorume”, afirmou.

Ao final da visita, o secretário da Sempma, Ricardo Ramalho, aprovou a obra e comentou: “Faço questão de trazer as pessoas aqui, não adianta só falar, mostrar fotos. Somente in loco é possível observar como isso é grandioso”, salientou.

A Central de Tratamento de resíduos fica a 3,98 km da área residencial mais próxima, no Benedito Bentes, e a 4 km do litoral. Ela começou a ser construída em agosto do ano passado e custará R$ 300 milhões.