É transmitida pela picada do mosquito-palha ou birigui
Celebrada anualmente em todo o país no mês de agosto, a Semana Nacional de Combate e Controle da Leishmaniose também terá ações específicas nessa área em Maceió. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) será parceiro das ações realizadas pelo Laboratório MSD Saúde Animal – unidade de negócios de saúde animal da Indústria Merck – nos dias 21 e 23 deste mês, que terão como objetivo conscientizar a população sobre a gravidade da doença e alertar os proprietários de cães acerca da importância da prevenção.
“Iniciamos essa parceria com o laboratório no ano passado, procurando reforçar os cuidados necessários para prevenir e combater a leishmaniose visceral, que só no ano passado, registrou 44 casos no Estado”, afirma a coordenadora do CCZ de Maceió, Fernanda Rodrigues.
Também conhecida como calazar, a leishmaniose visceral é uma doença endêmica no Brasil, transmitida pela picada do mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi. A doença é incurável e pode, além de matar o cão, colocar em risco a vida das pessoas que convivem com ele. Seu principal método de controle é a prevenção.
Em Maceió, estão programadas duas ações. No dia 21, será realizada às 9h, no próprio CCZ (localizado no Conjunto Desmembramento Palmares, s/n, na Cidade Universitária), a palestra “Leishmaniose e medidas de prevenção”, aberta aos funcionários do órgão e à população. Já no dia 23, o CCZ estará disponibilizando 20 animais numa Feira de Adoção na Ponta Verde (Av. Silvio Vianna), das 9h às 15h. Todos aqueles que forem adotados receberão, da Nutriagro, a coleira Scalibor®, recomendada mundialmente pelo especialistas para proteger os cães das picadas do mosquito transmissor da doença e no local terão direito à orientação de médicos veterinários sobre medidas de prevenção.
As ações realizadas pelo Laboratório MSD Saúde Animal para marcar a Semana Nacional de Combate e Controle à Leishmaniose em Maceió serão antecedidas por uma ação semelhante que será realizada dia 18, a partir das 10h, na Faculdade de Medicina Veterinária do Centro Universitário Cesmac, em Marechal Deodoro. Lá, também será apresentada a palestra “Leishmaniose e medidas de prevenção” e 200 animais serão encoleirados gratuitamente .
Números da leishmaniose visceral
É a segunda doença parasitária que mais mata no mundo;
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos;
Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências;
Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e destes, cerca de 90% dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.500 pessoas são infectadas e mais de 200 morrem anualmente;
Pesquisadores estimam que nas áreas endêmicas, para cada humano doente, existam 200 cães infectados.