Presidente Ilídio Lico também foi penalizado pelo STJD
A Portuguesa foi condenada nesta quarta-feira, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a pagar multa de R$ 50 mil por ter abandonado o jogo contra o Joinville no dia 18 de abril, válido pela primeira rodada da Série B. Além da multa, o Tribunal optou por estabelecer o placar de 3 a 0 a favor do Joinville na partida. Entre os cenários possíveis, a punição foi branda, uma vez que a Lusa corria sério risco de ser rebaixada à Série C, mas ainda cabe recurso.
O presidente Ilídio Lico, seu filho, Marcos Lico, e o técnico Argel Fucks também receberam sanções: Ilídio será suspenso por 240 dias e terá de arcar com uma multa de R$ 100 mil; Marcos também terá de ficar afastado 240 dias, mas terá multa menor – R$ 80 mil -, e o comandante da equipe desfalcará o banco da Lusa em quatro jogos.
Relator do processo, José Nascimento leu seu voto por aproximadamente 20 minutos. Todos os demais mantiveram o mesmo entendimento. Com isso, quando o auditor Matheus Gregorini definiu o 3 a 0, o caso estava decidido. No fim, a sentença foi de 5 a 0 pela condenação com multa e perda de pontos.
Durante o julgamento, Ilídio Lico deu depoimento que durou cerca de 40 minutos no qual pedia que fosse punido em detrimento de seu filho e do técnico Argel Fucks. “Se tiver que entregar o cargo, eu entrego, mas não punam o meu filho”, disse o presidente.
DEFESA
A defesa da Portuguesa sustentou que a culpa do ocorrido cabia à CBF. “Não houve simulação, não houve fraude, nada foi combinado. O que houve foi descumprimento de liminar por parte da CBF”, argumentou o advogado do clube, José Luiz Ferreira de Almeida. Mais cedo, Ilídio Lico, Marcos Lico e Argel Fucks haviam dado depoimento atribuindo a responsabilidade da interrupção da partida ao delegado do jogo, Laudir Zermiani.
“Se o delegado não tivesse entrado, o jogo teria prosseguido. Se fosse por nós, treinador e jogadores, a gente não teria deixado o campo”, assegurou Marcos Lico.
