Transferir para catadoras tradicionais conhecimentos sobre a produção de mudas de mangabeira, árvore símbolo de Sergipe, cujo fruto é a fonte do sustento de diversas famílias. Este foi o objetivo do curso promovido pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), na quinta-feira, 24 de março, no campo experimental Reserva do Caju, em Itaporanga d’Ajuda.
Participaram da capacitação 25 catadoras dos povoados Porteira, em Japaratuba – Leste Sergipano, Jatobá e Capoã, em Barra dos Coqueiros – Grande Aracaju, dos assentamentos Dorcelina Folador e Darci Ribeiro e da comunidade tradicional Ilha Mem de Sá, em Itaporanga d’Ajuda – também na Grande Aracaju.
O curso foi coordenado pelos pesquisadores Ana Lédo e Josué da Silva Júnior, além da analista Raquel Fernandes, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A iniciativa integra as ações do projeto ‘Tecnologias sócio-ambientais para a sustentabilidade dos agroecossistemas manejados pelas mulheres catadoras de mangaba de Sergipe’, financiado pelo CNPq, que tem como parceira a Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA). A demanda foi feita pelas próprias catadoras durante o processo de mapeamento do extrativismo da fruta no Estado, e em outros encontros promovidos pela Embrapa e parceiros.
Entre os conhecimentos transmitidos estavam as técnicas de obtenção de sementes por maceração em peneira (foto), preparação das mudas, uso de substrato arenoso e montagem de viveiro para as mudas. Raquel Fernandes acredita que o curso ajudará as catadoras a melhorarem os sistemas produtivos da mangaba nas localidades onde moram.