O número de casos de dengue registrados no Brasil em 2009 caiu 34,2% em relação ao ano anterior. O País teve 529.237 notificações no ano passado, ante 803.522 em 2008. A redução foi observada em 16 estados e no Distrito Federal. O Rio de Janeiro registrou a maior queda (95,7%), seguido do Rio Grande do Norte (91,4%) e Sergipe (89,6%). Os casos graves da doença passaram de 22.193 para 8.223, no comparativo entre os últimos dois anos, representando uma diminuição de 63%. O levantamento revela, ainda, redução de 39% nas mortes em decorrência da dengue.
O balanço foi feito a partir de dados informados pelas Secretarias Estaduais de Saúde até 22 de janeiro de 2010. Caso haja alguma atualização nos estados, os números ainda podem sofrer alteração. Apesar do resultado positivo, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reforça a importância de manter as ações de controle da doença nos estados e municípios. “Os números são resultado da mobilização de toda a sociedade. Agora, todos devem estar unidos no combate à dengue por meio de medidas de prevenção e controle dos criadouros do mosquito”.
Os casos graves da doença, que tiveram queda de 63%, correspondem à soma dos registros de Dengue com Complicações (DCC) e Febre Hemorrágica de Dengue (FHD). DCC são pessoas que tiveram complicações, mas não chegaram a ter um quadro classificado como dengue hemorrágica. Separando essas duas formas, os casos de DCC tiveram redução de 66,9%, passando de 17.961 para 5.952. E de FHD diminuíram 46,4%, passando de 4.232 registros para 2.271.
No ano passado houve 298 óbitos, sendo 154 por FHD e 144 por DCC. Em 2008, foram 491 mortes registradas (229 por FHD e 262 por DCC). Destaca-se que nos estados do Amapá, Tocantins, Pernambuco e Paraná, mesmo com registro de casos graves da doença, as Secretarias Estaduais de Saúde não notificaram mortes.
Reforço – O ministério vem realizando monitoramento técnico e reforço de ações de controle da doença em cinco estados que indicaram aumento recente nos casos da doença: Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Entre essas ações, a organização da rede de assistência aos pacientes com suspeita de dengue e o envio de medicamentos e insumos estratégicos. Também são avaliados os reforços nas ações de eliminação de criadouros de larvas do Aedes aegypti e de combate aos mosquitos adultos, além da preparação de material para campanhas locais de mídia.