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Alagoas

Casal participa das ações para esclarecer casos de diarreia em Alagoas

A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) participa, juntamente com órgãos da área de saúde e Vigilância Sanitária, das ações para esclarecer os casos de diarreia que ocorreram em Alagoas. Embora a situação esteja sob controle, e o surto tenha passado dessa condição para o nível de alerta, a empresa continua adotando medidas para dar mais segurança e qualidade à água.

Em reunião na última segunda-feira (26) com integrantes do Ministério Público Estadual (MP-AL), em Arapiraca, sob a coordenação do promotor Geraldo Magela, diretores e técnicos da Casal mostraram as providências que vêm sendo adotadas para prevenir ocorrências que possam comprometer a qualidade da água fornecida por meio de adutoras e redes de distribuição operadas pela companhia.

Estão sendo adotadas medidas como reforço da cloração. Para isto, a empresa providenciou unidades de recloração nos povoados Serra da Mandioca, Canafístula, Santo Antônio, Anum Velho, Anum Novo, Serra de São José e Bonifácio, todos em Palmeira dos Índios. As informações foram passadas pelo engenheiro Jorge Briseno, assessor técnico da Vice-presidência de Gestão Operacional da Casal e representante da empresa no Comitê de Combate aos Efeitos da Seca em Alagoas, durante a reunião com o Ministério Público.

Briseno também falou da aquisição, por medida de precaução, de quatro colorímetros digitais, equipamentos mais precisos que os atuais e que são capazes de identificar melhor se a água tem cloro ou não e se está no nível adequado. “Dessa forma, é possível manter um padrão de confiabilidade maior nas análises da água, bem como maior rapidez”, salientou.

De acordo com Briseno, grandes contingentes populacionais da zona rural, principalmente dos municípios da região serrana, não estão interligados à rede pública de abastecimento de água e buscam abastecimento em fontes alternativas. “Infelizmente, após um longo período de estiagem, a água das primeiras chuvas, que em geral está repleta de sujeira, não foi descartada, como é recomendável, a exemplo da água escoada pelos telhados. Além disso, as enxurradas chegaram às cacimbas, que ainda são bastante utilizadas pela população”, assinalou.

Sobre o abastecimento de água de Palmeira dos Índios, Briseno afirmou que a Casal atende a 68% da população, e o restante é abastecido por fontes alternativas que não têm qualquer controle de qualidade.

O presidente da Casal, Álvaro Menezes, falou sobre a atuação da companhia no Estado, o panorama da qualidade da água, a parceria com a Secretaria da Saúde e os esforços que a empresa empreende na busca de melhoria dos serviços. Ele também se referiu às carências de investimento do setor de saneamento no Brasil e salientou que a Casal passa por um processo de melhoria contínua e vai contratar novos profissionais, por meio de concurso público, para atender as áreas onde há carência.

Além da Casal, outros órgãos do Estado também foram representados na reunião. Pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, o próprio titular da pasta, Napoleão Casado, fez uma resumo da situação hídrica do Estado, enfatizando a perda de vazão do Rio São Francisco, em decorrência do represamento da água para atender ao setor elétrico, fato que prejudicou o abastecimento de dezenas de municípios alagoanos.

A Secretaria de Estado da Saúde foi representada pelo gerente do Núcleo de Vigilância e Agravos de Veiculação Hídrica e Alimentar, José Lourenço Brotas e o Conselho Regional de Química, por Maria de Fátima. Também participaram da reunião o vice-presidente de Gestão de Serviços de Engenharia da Casal, Osmar Lisboa, superintendentes, gerentes, químicos e outros técnicos da companhia, inclusive das Unidades de Negócio Serrana, Agreste, Bacia Leiteira e Sertão.