Muito frevo, marchinhas, confete e serpentina. O carnaval começou mais cedo para as idosas da Casa para Velhice Luiza de Marillac, situada no bairro de Bebedouro. Voluntários do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, juntamente com colaboradores da Cycosa e do Lifal, levaram alegria ao lar, embalados pelo som da Banda de Música do Sesi.
A animação foi tanta que, entre as moradoras, houve quem não quisesse parar de frevar.
“Elas voltam no tempo, relembrando a época em que brincavam o Carnaval”, afirma Adriana Barreto Gomes, gerente da Unidade de Responsabilidade Social Empresarial (Urse) do Serviço Social da Indústria (Sesi/AL). Segundo Adriana, o Carnaval Voluntário, realizado há quatro anos, eleva a autoestima de mulheres que se sentem excluídas.
“Elas capricham no visual, querem estar mais bonitas para a festa”, diz, ao destacar a importância da responsabilidade social empresarial, por meio do envolvimento nas ações promovidas pelo Sesi. “A gente não realiza só o Carnaval Voluntário, tem também o São João e o Natal. A participação dos voluntários e a compreensão dos empresários e gestores são muito importantes para nos ajudar no processo de inclusão social”, conta.
A gerente de Lazer Ativo do Sesi/AL, Ana Paula Andrade, sempre apoiou o Carnaval Voluntário. Mas este ano, pela primeira vez, ela se envolveu diretamente com a festa. “Vale muito a pena ver a expressão no olhar destas pessoas e saber que estamos trazendo alegria para elas nessa fase da vida”, disse.
Alaíde do Carmo, 81 anos, fez uma viagem no tempo, ao lembrar a época em que o Carnaval de Maceió era brincado no Centro. “À noite, a gente ia ao palácio (na Praça dos Martírios) para ver o corso passar. Era a coisa mais linda do mundo”, recorda. Já para Olindina Benedita, 87, as melhores lembranças são o clima de tranquilidade, os bailes nos clubes e o seu bloco preferido, o “Amigo da Onça”. As duas estavam muito animadas na festa que mudou a rotina no abrigo.
“O Carnaval Voluntário faz um bem muito grande às nossas idosas. Quem está em depressão sai dela e quem está alegre fica mais feliz ainda”, revela a diretora Solange Leopoldino. Fundada em 1958, a Casa para Velhice Luiza de Marillac é uma entidade filantrópica, mantida graças a doações. A instituição abriga, hoje, 34 idosas, algumas delas centenárias.