O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, entrou em contato nesta sexta-feira (12) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluzo, solicitando que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apure o vazamento das fotos de seis presos durante a Operação Voucher.
Nas fotos, os suspeitos aparecem sem camisa, segurando uma placa de identificação. Além do secretario executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa e Silva, há imagens do secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins; do advogado Jorge Kengo Fukuda, um dos diretores do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi).
O ministro solicitou que o CNJ tome as providências necessárias durante a apuração do vazamento, uma vez que as fotos foram feitas no Instituto Penitenciário do Amapá, em Macapá, que é estadual.
A Operação Voucher, deflagrada pela Polícia Federal (PF), investiga o desvio de recursos públicos destinados ao Ministério do Turismo por meio de emendas parlamentares. A operação contou com a participação de 200 policiais federais. Foram expedidos 38 pedidos de prisão, porém duas pessoas continuam foragidas.
Dos 36 detidos em São Paulo, Brasília e no Amapá, na última terça-feira (9), 18 já haviam sido libertados na quarta-feira (10). Hoje, a Justiça concedeu habeas corpus para cinco suspeitos, incluindo o número dois do Turismo, Frederico Costa e Silva.
A investigação sobre o esquema de corrupção de verbas do Ministério do Turismo começou em abril, depois que um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) detectou irregularidades no contrato firmado entre o ministério e o Ibrasi. O valor do convênio fraudado é R$ 4,4 milhões. A PF estima que dois terços dos recursos tenham sido desviados pelo grupo.