Cerca de 50 dentistas estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira, 13, no auditório do Conselho Regional de Odontologia para receberem capacitação a cerca de tuberculose e hanseníase. O encontro acontece através da parceria entre o Programa de Saúde Bucal e a Coordenação de Vigilância Epidemiológica.
Segundo o coordenador do Programa de Saúde Bucal, José Neto Guimarães, este encontro visa capacitar a equipe odontológica para identificação dessas epidemiologias. ” Nos deparamos diariamente no consultório com pacientes acometidos por estas patologias, então o nosso objetivo é facilitar o encaminhamento para os procedimentos necessários para o tratamento dos pacientes identificados com tuberculose ou hanseníase em nosso consultório”, afirmou
A coordenadora do Programa de Combate a Hanseníase, Anáide Prado, diz que os índices da doença no Brasil ainda são muito altos. “Por este fato é extremamente importante essa parceria das coordenações de saúde para buscar a redução desses casos”, ressaltou.
A dentista da Unidade de Saúde da Família (USF) José Machado de Souza, do bairro Santos Dumont, aprovou a iniciativa e diz que pôde adquirir bastante conhecimento. ” A hanseníase é uma doença que tem repercussão na cavidade oral e desta forma interfere diretamente no trabalho do profissional dentista, com este tipo de capacitação aqui realizado somos munidos de informações para auxiliar no tratamento do paciente, o que integraliza nossa relação enquanto profissional de saúde”, disse.
O número de mortes causados pela tuberculose diminuiu bastante, afirmou a Coordenadora do Programa de Combate a tuberculose, mas segundo ela ainda é alto o número de casos identificados e por isso ações intensificadas de combate são cada vez mais importantes.
A infectologista da Saúde de Aracaju, Fabrízia Tavares, reforçou a importância de se procurar uma USF ao identificar possíveis sintomas da doença. “Ao perceber uma mancha na pele acometida de insensibilidade este pode ser um sinal de hanseníase, no caso da tuberculose é uma doença basicamente pulmonar e pode ser percebida através de tosse com secreção ou não, por mais de três semanas, febre e emagrecimento. Nos dois casos deve ser procurado a unidade de saúde mais próxima para que sejam feitos os devidos encaminhamentos”, reforçou.
