O 11º Ato do Programa Ufal em Defesa da Vida reuniu parentes e amigos de pessoas assassinadas em Alagoas, nesta quarta-feira (13), no Campus A. C. Simões, em Maceió. A ideia é resgatar a histórias de cada uma das vítimas. O hall da Reitoria concentrou os participantes do ato, onde familiares escolheram as espécies de árvores que simbolizassem o seu ente querido.
Mesmo sob forte chuva, foram disponibilizadas doze espécies de plantas nativas da mata atlântica alagoana: canafístula, ipê-roxo, angico, braúna, ouricuri, cajá, paineira, pau-formiga, aroeira da praia, pau-ferro, craibeira (árvore símbolo de Alagoas) e a planta africana baobá. As mudas foram plantadas no bosque.
O Bosque em Defesa da Vida localiza-se próximo ao Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) e a entrada foi adornada com mudas da planta nativa ouricuri, considerada sagrada pelos indígenas. Para o centro do bosque, os organizadores do programa escolheram o baobá, espécie considerada sagrada pelos africanos.
Segundo a professora Ruth Vasconcelos, coordenadora do Programa Ufal em Defesa da Vida, a ideia é humanizar os dados da violência no Estado. “Os bosques estarão disponíveis como locais sagrados para a reflexão sobre mortes violentas em Alagoas. Esse não é um momento de comemoração e estamos enlutados como vocês, cumprindo uma função importante na sociedade”, disse.
O reitor Eurico Lôbo considerou a ação um momento de conscientização para a importância do direito à vida e à cidadania. “A Ufal está engajada na discussão desse grave problema, que é a violência em nosso Estado, participando ativamente nos diferentes fóruns, independente de correntes políticas. Precisamos de um clima de paz, do direito de ir e vir, de uma sociedade mais justa, socialmente”, afirmou Eurico.