Receita existe há 58 anos
O Conselho Estadual de Cultura (CEC) aprovou por unanimidade a inscrição da receita do camarão do Bar das Ostras no Livro de Registro do Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas. A deliberação foi concedia na última reunião do ano, realizada nesta quarta-feira (21), no Salão de Despachos do Palácio Marechal Floriano Peixoto.
Segundo a diretora do Pró-Memória, ligado à Secretaria de Cultura (Secult), Adriana Guimarães, a receita é o resultado das produções realizadas às margens das lagoas do Estado. “A Sococo empreendeu essa receita e, quando a secretaria tornou-a de domínio público, as pessoas se manifestaram favoráveis”, disse a diretora, ressaltando a importância do camarão como bem imaterial.
Existente há 58 anos, a receita foi criada pelo casal Pedro e Oscarlina Maria da Silva e estava guardada em segredo de família. Por meio da empresa Sococo, o prato foi compartilhado para que todos os alagoanos pudessem fazê-lo após o encaminhamento para a Assembleia Legislativa, feito pelo Governo de Alagoas, do Projeto de Lei instituindo o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial.
No dia 1º de dezembro, o governador Teotonio Vilela Filho sancionou a lei, permitindo que saberes, celebrações, fontes de expressão e lugares possam ser inscritos no livro de Registro do Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas. De acordo com o secretário da cultura, Osvaldo Viégas, após a inscrição do Camarão do Bar das Ostras, será discutida com o CEC a inscrição da renda de filé.
“Mesmo antes de a legislação do Patrimônio Imaterial ser sancionada, nós já havíamos recebido a solicitação de vários bens para serem registrados e o filé está entre eles”, considera Adriana Guimarães, comentado sobre os bens que pediram para ter continuidade histórica devido à relevância por memória, identidade e formação para a sociedade.