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Negócios/Economia

Caixa e BTG Pactual poderão comprar carteiras de crédito do PanAmericano

A Caixa Econômica Federal e o banco BTG Pactual poderão comprar carteiras de crédito do PanAmericano, segundo o diretor superintendente da instituição privada, José Luiz Acar. “Os dois acionistas estão dispostos a adquirir crédito”, afirmou hoje (16) Acar, em teleconferência sobre os resultados do PanAmericano no primeiro trimestre deste ano.

No ano passado, foi descoberto um rombo nas contas do banco que chegou a R$ 4,3 bilhões. Inicialmente, o Grupo Silvio Santos pegou dinheiro do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), formado por recursos dos bancos para assegurar depósitos de clientes bancários em caso de quebra de instituições financeiras. Mas as irregularidades levaram à venda do controle da instituição financeira ao BTG Pactual, que assumirá a parte do grupo Silvio Santos. A Caixa também detém participação no PanAmericano.

Segundo Acar, a possibilidade de a Caixa e o BTG adquirirem carteiras de crédito do PanAmericano “dá conforto” à instituição. Ele acrescentou que existe um acordo operacional com a Caixa, que prevê a compra de R$ 8 milhões de carteira de crédito. No caso do BTG, não há um valor predefinido. “Isso a gente vai fazer à medida que houver necessidade. É tudo feito a preço de mercado”, destacou.

De acordo com Acar, o banco está revendo os modelos de concessão de crédito aos clientes para reduzir os riscos de inadimplência. Outra estratégia é ampliar a atuação no crédito pessoal e consignado (descontado na folha de pagamento). O banco, que atua com mais força no financiamento de veículos usados, também visa ao mercado de carros novos. Segundo Acar, outro alvo é o mercado de cartão de crédito. “O banco está bem posicionado e tem condição de ampliar sua participação [no mercado de cartão de crédito]”.

Segundo o balanço do PanAmericano, o lucro líquido da instituição foi de R$ 76,1 milhões no primeiro trimestre de 2011, após prejuízo de R$ 133,6 milhões registrado em dezembro de 2010. O patrimônio líquido ficou em R$ 1,395 bilhão, contra R$ 19,2 milhões no final do ano passado. Segundo o banco, o aumento no patrimônio ocorreu devido a aportes de recursos e ao lucro registrado no primeiro trimestre deste ano.