Associação dos Munícipios Alagoanos trouxe uma representante do Ministério do Desenvolvimento Social para falar sobre o assunto
Se preenchido corretamente, o Cadastro Único – Cadúnico – pode aumentar o número de programas de assistência social em Alagoas. Atualmente, existe uma defasagem nas especificidades dos cadastros diante da realidade local. Para orientar as assistentes sociais e mostrar a importância do cadastro atualizado, a Associação dos Municípios Alagoanos trouxe uma representante do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Elisabeth Hernandes, hoje (22) na reunião dos prefeitos.
“Não é um simples cadastro, estamos trabalhando num projeto que auxilia as políticas públicas”, afirmou Elisabeth, coordenadora de Integração de Ações de Departamento do Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Social. “Esta é a porta de entrada para diversos programas federais que atendem a população de baixa renda”, explicou.
As 429.037 famílias atendidas pelo programa Bolsa Família mostra que o cadúnico está sendo realizado em Alagoas e superou a expectativa em 109,3%, mas para Helena Virgínia, do setor de projetos da AMA, o cadastro possui outras características a serem preenchidas que podem dar acesso a outros programas sociais.
Segundo o relatório de informações sociais do MDS, correspondente ao mês de julho, o número de famílias quilombolas e indígenas cadastradas, por exemplo, é a metade do esperado, já as famílias em situação de rua constam apenas 40 no cadastro de todo o estado.
Para o presidente da AMA, Marcelo Beltrão, é a falta de informação e capacitação que faz com que esses números não estejam corretos. “Essa informação é importante para um momento de crise que estamos vivendo”, afirmou Beltrão, ao lembrar que as famílias tracionais como as quilombolas, indígenas e extrativistas podem receber recursos de programas próprios. Além dessa coordenadora do MDS, a AMA trará representantes de outros ministérios que façam interface com os demais programas que o cadastro pode atender, a exemplo do Ministério do Meio Ambiente para o programa do Bolsa Verde.
A coordenadora do programa Bolsa Família em Alagoas, Maria José, ressaltou a importância das assistentes sociais terem estrutura e condições de trabalho. “Os prefeitos precisam assumir esse papel para melhorar o cadastro e buscar mais recursos”, afirmou.