A campanha passou, os candidatos eleitos foram conhecidos pela população e as ações de perseguição se revelam cada dia mais fortes, sugerindo que vieram como uma ingrata ressaca para alguns eleitores que tiveram os seus candidatos derrotados nas urnas no processo eleitoral de 2012.
Em Penedo, durante o programa jornalístico ‘Lance Livre’ da Rádio Penedo FM (97,3Mhz e www.penedofm.com.br), desta quarta-feira, 10, o ouvinte e líder comunitário Raimundo Santos, do Camartelo, localidade do centro da cidade ribeirinha, denunciou que o Programa do Leite que tem o objetivo de propiciar o consumo às famílias que se encontram em estado de insegurança alimentar e nutricional e incentivar a produção familiar, foi interrompido devido ao desaparecimento do responsável pela distribuição na comunidade depois do resultado da eleição.
Segundo o morador, as famílias que são contempladas pelo Programa ficaram sem receber o leite no início da semana. Para Raimundo a ação pode ser uma represália contra os eleitores beneficiados pelo Programa que votaram contra o prefeito Israel Saldanha (DEM) e a vereadora Ivana Toledo (PSDB), derrotados nas urnas e ligados a pessoa responsável pela distribuição no Camartelo.
Igreja Nova
Em Igreja Nova a denúncia também foi feita pelos moradores do Povoado Conceição. Segundos os beneficiários do Programa, a pessoa responsável pela distribuição, conhecida na comunidade da zona rural como ‘Mocotó’, levou todos os pacotes de leite para casa, distribuindo de forma aleatória e excluindo todos os eleitores que votaram no candidato José Augusto Souza Santos, o Gusto do PDT, eleito com 6073 votos.
Ainda segundo os moradores da comunidade o responsável pela distribuição do leite é pessoa ligada ao candidato derrotado Paulo Roberto Silva (PSDB), que apesar de ser apresentado como candidato do prefeito Neiwton Silva (PSB), amargou o peso da rejeição dos eleitores, sendo derrotado e ficando em segunda posição na preferência do eleitorado com 4690 votos.
Contemplados pelo Programa do Leite
O Programa do Leite que contempla gestantes, a partir da constatação da gestação pelas Unidades Básicas de Saúde e que façam exame pré-natal; crianças de 2 até 7 anos de idade que possuam certidão de nascimento e que estejam com controle de vacinas em dia; nutrizes até 6 meses após o parto e que amamentem, no mínimo, até o sexto mês de vida da criança; pessoas com 60 anos ou mais; outros, desde que justificado e autorizado pelo Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional e pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SESAN.