A presidenta Dilma Rousseff e os demais líderes do Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – reiteraram hoje (18), durante reunião realizada em Los Cabos, no México, que estão dispostos a aumentar as próprias contribuições para o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fim de reforçar a quantidade de recursos disponíveis para os países em crise. O aumento de aportes dos Brics seria feito com a condição de que seja concluída a reforma do FMI que prevê maior participação e poder de voto dos países emergentes, entre eles, o Brasil. E os recursos adicionais só seriam utilizados uma vez esgotados os recursos disponíveis atualmente.
Os líderes dos Brics também enfatizaram a necessidade de aumentar os recursos dos bancos multilaterais de desenvolvimento e canalizá-los para investimentos em infraestrutura e projetos sociais nos países em desenvolvimento.
Durante a reunião, que antecede a Cúpula do G20, os líderes concordaram que a crise na Europa ameaça a estabilidade global e avaliaram que a solução passa pela cooperação entre os países. Eles pediram que o G20, em face da necessidade de reforçar a confiança do mercados, emita uma forte declaração de intenções para amenizar os efeitos da crise na Europa.