Brasileira Adriana bateu o recorde da prova nos Jogos Pan-Anamericanos
A corredora Adriana Aparecida da Silva não estava entre as favoritas para vencer a maratona dos Jogos Pan-Americanos, mas obteve esse intento graças à estratégia. Fazendo uso de uma tática inteligente, a brasileira não só venceu como também bateu o recorde do Pan, com a marca de 2h36min37s. Perez ficou com a prata (2h38min03), seguida pela peruana Gladys Tejeda (2h41min10). A marca continental anterior era da mexicana Erika Olivera, registrada em Winnipeg/99 (2h37min41s).
Nossa representante assumiu a segunda colocação, passando por Tejeda, apenas no 20.º quilômetro. Quando chegou ao 30.º km, a diferença para a líder era grande, acima de dois minutos. Mas rapidamente, Adriana ultrapassou a fundista na altura do 36.º km.
“O pior momento foi quando eu estava brigando para chegar à segunda colocação. Estava correndo sozinha e não tinha referência. Quando passei a peruana, enxerguei as luzes das motos (dos batedores, que estavam com a líder). Aí pensei 'opa, calma aí. A medalha de ouro tá lá na minha frente”, disse ela.
A concorrente mexicana “quebrou”, como se fala na gíria dos fundistas, por volta do 32º km. O público se desesperou vendo a vantagem encolher e soltou o grito de desespero predileto, “sí, se puede”. Mas não deu. Madai corria com os olhos vidrados e a boca aberta, exausta. Adriana vinha firme, com velocidade constante. Na chegada, ela abraçou o técnico Cláudio Roberto Castilho e chorou muito. “Lembrei de cada momento difícil que passei”, finalizou a vencedora