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Negócios/Economia

Brasil registra mais de 2,7 milhões de empregos formais em 2021

O Brasil gerou 2.730.597 vagas de emprego com carteira assinada em 2021

O Brasil gerou 2.730.597 vagas de emprego com carteira assinada em 2021. No período, foram registradas 20.699.802 contratações e 17.969.205 desligamentos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência. “É a maior geração de emprego em um único ano”, disse o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni.

Com o resultado, o país se recupera das perdas ocorridas em 2020, início das restrições causadas pela Covid-19, quando foram fechadas 191.455 vagas.

“Saldo extremamente positivo, próximo de três milhões de empregos gerados num único ano no Brasil. O saldo de janeiro de 2019 a dezembro de 2021, período do atual Governo, registra um saldo positivo de 3.183.221 novos postos de trabalho”, ressaltou o ministro Onyx Lorenzoni.

O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de contratos de trabalho via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), chegou a 41,289 milhões de vínculos em dezembro, aumento de cerca de 7% em comparação com dezembro de 2020, quando o estoque de empregos formais somava 38,559 milhões.

Setores
Em 2021, o saldo de empregos foi positivo nos cinco grupamentos de atividade econômica. A maior geração ocorreu no setor de serviços, com 1.226.026 vagas abertas. Em seguida temos: comércio (643.754), indústria (475.141), construção (244.755) e agropecuária (140.927).

Regiões
Todas as regiões do país registraram saldo positivo na geração de emprego no ano passado. No Sudeste foram 1.349.692 vagas, no Sul 480.771, no Nordeste foram abertas 474.578 vagas, no Centro-Oeste foram 263.304 e no Norte foram 154.667 vagas com carteira assinada.

Manutenção do Emprego
Segundo o Ministério do Trabalho, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), do Governo Federal, contribuiu para o resultado positivo do ano passado. “Eu destaco muito o programa chamado BEm, do Benefício Emergencial, que salvaguardou mais de 10,5 milhões de empregos com carteira assinada no Brasil ao longo dos últimos dois anos”, ressaltou Onyx Lorenzoni.

Segundo o Ministério do Trabalho, 2.593.980 trabalhadores foram beneficiados pelo programa no ano passado com o recebimento de R$ 6,98 bilhões. Já em 2020, foram 9.849.113 trabalhadores atendidos com o pagamento de R$ 34,17 bilhões.

Por meio do programa, os empregadores poderiam suspender o contrato de trabalho ou reduzir a jornada, mas precisavam manter o emprego do trabalhador por igual período de tempo em que ele ficou afastado ou com jornada menor. Parte do salário desses empregados foi mantido pelo programa.

Dezembro
Em dezembro, foram registrados 265.811 fechamentos de postos de trabalho. Foram 1.703.721 desligamentos e 1.437.910 contratações. Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, o resultado para o mês de dezembro ocorre devido às demissões dos funcionários temporários. “Esse é um movimento natural, todo dezembro é assim, principalmente em respeito à demissão dos trabalhadores temporários, algo bastante comum”, afirmou o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e da Previdência, Bruno Dalcolmo.

O salário médio de admissão registrado em dezembro foi de R$ 1.793,34.

Retomada
Um estudo do Governo Federal aponta que a retomada da economia em 2021 tem levado a uma expressiva redução do desemprego. Segundo a Nota Informativa “Melhoras do mercado de trabalho em 2021 com forte redução do desemprego”, produzida pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, e divulgada nesta segunda-feira (31/01), o nível atual da taxa de desocupação já se encontra no patamar pré-crise. O número chegou a 11,6% em novembro de 2021, com recuo de 2,8% em comparação a novembro de 2020.

De acordo com a nota, houve aumento da força de trabalho e do pessoal ocupado, tanto formal quanto informal.

O estudo aponta que houve também uma redução da taxa de desemprego, devido à criação de 8,4 milhões de postos de trabalho em 12 meses, que absorveu o número crescente dos trabalhadores que estavam fora da força de trabalho. A taxa de subutilização se reduziu de forma acentuada, chegando a 25% em novembro de 2021, nível próximo ao do período anterior à crise do novo coronavírus.

A ocupação cresce em todos os setores, na comparação de novembro de 2021 com mesmo mês do ano anterior. O destaque é o aumento de vagas em alojamento e alimentação (24%), serviços domésticos (22%), construção (20%), outros serviços (13,9%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (10,4%), valor que representa 9,6% acima da média geral.