A celebração em homenagem ao Bom Jesus dos Navegantes em Neópolis-SE ficou restrita ao percurso por terra, evento que pela primeira vez deixou de ser realizado em sua parte fluvial, e não pelo segundo ano consecutivo, como informado por equívoco anteriormente. A celebração católica nas cidades situadas na região do Baixo São Francisco entre Alagoas e Sergipe, iniciada a cada ano por Neópolis, não teve o percurso pelo rio São Francisco devido a um desentendimento entre a agência da Capitania dos Portos e a Igreja Católica.
De forma preventiva, a Capitania dos Portos – órgão da Marinha na região ribeirinha – limitou o acesso à balsa que transportaria a imagem do Bom Jesus dos Navegantes para 80 pessoas. No entanto, no momento do embarque, mais pessoas do que o número previsto entrou na balsa, desrespeitando a orientação da Marinha do Brasil.
A intervenção da Polícia Militar foi necessária para conter a entrada de mais pessoas na balsa e o pedido para aqueles que estavam ao lado da imagem deixassem o local por segurança irritou o padre Alailson Santos Souza, administrador paroquial da Igreja de Santo Antonio, em Neópolis, que pediu aos fieis que retirassem a charola da balsa para que a procissão pudesse ser realizada somente por terra.
Tradição
A Festa em homenagem ao Bom Jesus dos Navegantes é realizada em quase todos os municípios ribeirinhos do Baixo São Francisco, sendo o ponto alto do evento justamente a procissão fluvial, onde a imagem desliza sobre uma embarcação pelas águas do Velho Chico.
Milhares de pessoas lotam às margens do Rio, por onde a procissão passa, e em uma demonstração de muita fé e devoção, acenam, choram e saldam a passagem da imagem com fogos multicoloridos. Pelas águas a imagem é acompanhada por centenas de embarcações menores que anualmente renovam a emoção naqueles que fielmente participam do evento em diversas cidades ribeirinhas.
Procissão Terrestre
Apesar de haver procissão terrestre pelas ruas de Neópolis, município que realiza a primeira festa de Bom Jesus dos Navegantes do ano, o ponto alto do evento que seria a procissão fluvial foi quebrado e diante do desentendimento entre a Igreja Católica e a Capitania dos Portos, fiéis e turistas ficaram a ver navios, ou melhor, sem ver a balsa que transportaria a imagem do Bom Jesus dos Navegantes.
Atualizado às 11h40