O longa-metragem “Boi Neon”, do diretor pernambucano Gabriel Mascaro, foi o grande vencedor da Premiere Brasil, mostra principal da 17ª edição do Festival do Rio. O drama foi premiado nas categorias melhor filme de ficção, melhor fotografia, melhor roteiro – também assinado por Mascaro – e melhor atriz coadjuvante, para Alyne Santana, na cerimônia que aconteceu na última terça-feira, 13 de outubro, no Espaço BNDES.
O longa já havia contado com críticas positivas no circuito internacional e recebeu o Prêmio Especial do Júri na mostra Horizontes, do 72º Festival de Veneza, em setembro deste ano. “Boi Neon”, uma coprodução Brasil-Uruguai-Holanda, iniciou seu financiamento após ser um dos vencedores do edital binacional de seleção Brasil-Uruguai da ANCINE, em 2011.
Logo atrás do grande vencedor da noite veio “Aspirantes”, de Ives Rosenfeld, que arrebatou três troféus. Ariclenes Barroso foi premiado como melhor ator, enquanto Julia Bernat dividiu o prêmio de melhor atriz coadjuvante com a pequena Alyne Santana, de “Boi Neon”. O mesmo aconteceu na categoria de melhor diretor de ficção: Ives Rosenfeld dividiu o prêmio com Anita Rocha da Silveira, por seu trabalho em “Mate-me por favor”. O longa de Anita ficou ainda com a estatueta de melhor atriz pelo trabalho de Valentina Herszage. Ambos os filmes contaram com investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA em sua produção.
“Quase Memória”, do veterano Ruy Guerra, levou o Prêmio Especial do Júri. Já os votos do júri popular elegeram “Nise – Coração de Loucura”, de Roberto Berliner, como melhor longa-metragem; “Betinho – A Esperança Equilibrista”, de Victor Lopes, como melhor documentário e “Até a China”, de Marão, como melhor curta. Os filmes de Ruy Guerra e Roberto Berliner também foram selecionados em chamadas públicas do FSA de investimento em longas-metragens.
“Olmo e a Gaivota”, de Petra Costa e Lea Glob, conquistou o Troféu Redentor por melhor documentário, enquanto o prêmio de melhor direção de documentário foi para Maria Augusta Ramos, de “Futuro Junho”. A mostra Rumos consagrou como melhor filme o longa “Beira-Mar”, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, mais um entre os premiados do Festival do Rio a contar com o apoio do FSA.
