Ao assistir ontem (19/11) uma celebração matrimonial em Nossa Senhora do Socorro, estado de Sergipe, lembrei que no dia seguinte comemoraríamos o Dia da Consciência Negra e logo lembrei do tempo em que Zumbi dos Palmares, no tempo ainda Francisco, viveu com um padre, recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim e ajudou diariamente na celebração da missa.
Hoje, 20 de novembro, comemoramos o Dia da Consciência Negra. Celebramos o descendente dos guerreiros imbangalas ou jagas, de Angola, Zumbi. O negro herói que nasceu provavelmente em 1655 em um dos mocambos do quilombo de Palmares, sendo capturado com poucos meses de vida, por uma expedição portuguesa comandada por Brás da Rocha Cardoso e entregue ao missionário português Antônio de Melo, vigário de Porto Calvo.
Comemoremos o herói da resistência que chegado em Palmares foi acolhido por Ganga-Zumba, então líder, e tornou-se conhecido pela sua destreza e astúcia na luta. Aclamemos a luta do povo negro que mantêm suas raízes e conquista espaço no meio político, econômico e social. Viva os novos heróis da resistência que brilham nos tribunais, hospitais, jornais, ruas e favelas do nosso imenso Brasil.
Viva zumbi! Herói da resistência. Líder de um povo que enfrentou a morte em busca da liberdade. Nossa tão sonhada liberdade.