O projeto do Vale-Cultura (PL 5798/09) é o destaque da pauta das sessões ordinárias do Plenário da Câmara para hoje (13). Ele cria o Programa de Cultura do Trabalhador, que concede aos trabalhadores das empresas participantes um vale de R$ 50, que deverá ser usado na compra de produtos culturais (como, por exemplo, livros e ingressos para cinemas, teatros e museus).
Para ter direito ao benefício que é opcional, os empregados que ganham até cinco mínimos terão descontados dos seus salários até 10% do valor do vale. Trabalhadores com remuneração superior a cinco mínimos também poderão receber o vale, mas apenas quando todos aqueles com a faixa salarial mais baixa já tiverem sido contemplados. Nesse caso, o desconto no salário vai variar de 20% a 90% do vale.
Em um país onde a grande maioria dos trabalhadores entende que só tem como opção a cervejinha do final de semana, o Vale pode implantar uma cultura, é claro que a longo prazo, de que o acesso à arte e à cultura não é coisa para “rico”, mas para todo cidadão brasileiro.
Mesmo em cidades pequenas como a nossa, em que o valor do ingresso do teatro, por exemplo, não passa, quando muito, dos R$ 10, é comum observarmos a falta de platéia.
Na base do R$1,99 ou até R$ 3,99, o Teatro 7 de Setembro só lota no período do Festival de Férias no Teatro, por conta dos jovens que criaram uma relação de “amizade” com os atores e Companhias.
Que venha o Vale Cultura e que as empresas entendam o quanto é importante para o sucesso delas o crescimento intelectual de seus empregados.