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Tribunal de Justiça/PR investe R$ 500 mil em segurança de juízes

Com objetivo de garantir maior segurança aos magistrados do Paraná, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Miguel Kfouri Neto anunciou que irá comprar automóveis blindados e coletes à prova de bala para uso de juízes ameaçados por criminosos do estado paranaense. De acordo com a assessoria de imprensa do TJ/PR, já existe para a criação do Batalhão Judiciário e o monitoramento à distância dos Fóruns.

Segundo informações, o Tribunal de Justiça do Paraná irá investir cerca de R$ 300 mil para garantir a segurança dos magistrados daquele Estado. A idéia que surgiu depois de uma conversa entre o presidente do TJ/PR e o governador Beto Richa seria a de colocar a disposição do Judiciário, cerca de 550 policiais para garantir a segurança dos fóruns estaduais.

O desembargador Kfouri Neto informou que no Estado do Paraná existem hoje seis casos de ameaças aos juízes que estão sendo monitorados, mas o número já foi bem maior – 30 casos já foram registrados. Hoje, ainda segundo o desembargador, não há juiz no Paraná com escolta policial, já que nenhum deles solicitou.

Entendo que o caso recente da juíza Patrícia Acioli, morta a tiros no dia 12 de agosto em Niterói, Rio de Janeiro tenha aumentado o medo de alguns magistrados que trabalham com execuções penais pelo país, porém, essas ameaças acontecem devido a proliferação do crime organizado, que por sua vez, só existe devido a fragilidade do Estado na área de segurança pública.

Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no rol das mais violentas do mundo. A violência no país não atinge apenas os magistrados, mas toda a população brasileira e todos nós precisamos de segurança. São inúmeros os casos de pessoas comuns ameaçadas diariamente – e o Estado faz o que?

O sentimento de insegurança da população transforma e modifica as cidades. A falta de emprego, de moradia, de saúde pública e de uma educação de qualidade mostram claramente que a violência parte também do Estado contra a população.

O Estado brasileiro está colhendo o que plantou ao longo do tempo.