Se o Santos com aquele futebol vistoso e ofensivo, encantou à todos no primeiro semestre desse ano, o Fluminense, em menor proporção, vem agradando aos amantes do futebol ofensivo no segundo momento, mesmo sem ter jogadores do porte de Neymar, Robinho e Ganso.
Comumente, não se conquista, ou raramente se conquista títulos no futebol, sem ousadia, atrevimento e ofensividade. A Copa da África do Sul nos deu um belo exemplo. Enquanto algumas Seleções e aí eu incluo o Brasil, tentava praticar o medíocre “futebol de resultado”, Espanha e Holanda, com um futebol muito mais vistoso e ofensivo, chegavam à final.
Mas ao que parece, alguns medrosos e defensivistas técnicos do nosso futebol, ainda não assimilaram essa bela lição do Mundial. Na verdade, ainda não se aperceberam que o “estilo Dunga-Parreira”, não é a identidade do futebol brsileiro e por conta disso, seguem adeptos do triste futebol defensivo.
No último final de semana, tivemos um exemplo bem patético disso. Enquanto o Corinthians, jogando em Salvador, se preocupava mais em se defender do que em atacar, o Fluminense, ao contrário, era só ofensividade. Resultado: o time carioca é a equipe que esteve por mais vezes na liderança do Brasileirão, inclusive é o atual primeiro colocado, é o que tem mais chances de conquistar o Campeonato Brasileiro e também o que se mostra mais próximo dessa verdade, que alguns treinadores ainda relutam em aceitar.
Senão vejamos. O time das Laranjeiras conta no seu elenco com atacantes do naipe de Fred, Tartá, Washinton e Rodriguinho, isso sem falar em Alan, que foi negociado no meio do ano para o futebol do exterior. Para alimentar esses “matadores”, o tricolor carioca ainda conta com o talento do meia Conca, jogador diferenciado, que joga para a frente e forte concorrente ao título de craque do Brasileirão. Isso sem falar dos alas Mariano e Carlinhos, atletas amantes do futebol agressivo e peças importantes nas criações de jogadas de ataque do time da rua Álvaro Chaves.
Espero que os treinadores do futebol brasileiro sigam o exemplo de Muricy Ramalho, não por acaso, próximo de conquistar o quarto título nacional. Se vai conseguir ? Não sei, mas que é merecedor, isso é mesmo.
Por falar em futebol retrógrado e defensivista, vou ser o primeiro a falar, pois não sou comentarista de ficar “em cima do muro”. Se Mano Menezes pensa em ir longe na Seleção com um meio de campo formado por Lucas, Ramires e Elias, pode tirar o “cavalinho da chuva”, pois como sempre disse, meio de campo é lugar de jogador inteligente e diferenciado, coisas que esses três não são e estão muito distante disso. Portanto e enquanto é tempo: abra o olho Mano!!!! .