Arrudão foi pequeno para a paixão dos torcedores pernambucanos
No último domingo (15/05), a reportagem do aquiacontece.com.br se fez presente ao estádio José do Rego Maciel, Arruda, na capital pernambucana, para assistir ao confronto envolvendo Santa Cruz e Sport, jogo válido pela decisão do Campeonato Pernambucano de 2011.
Acompanhado do amigo Fernando Andrade, pude constatar, in loco, a tão propalada e valorizada “pernambucaneidade”, sentimento mais que nobre por parte dos torcedores daquele estado e que o próprio companheiro/parceiro/amigo sempre enfatizava.
Mesmo com televisionamento direto para a capital e todo o restante do vizinho Estado, além de outras decisões brasileiras que também foram televisionadas, o torcedor da “Terra do Frevo” não se furtou a comparecer ao “Mundão do Arruda”, lotando-o naquela ocasião. Segundo informações, quase 63 mil torcedores estiveram presentes à decisão, constituindo-se no maior público do ano, em termos de finais de estaduais por todo o Brasil.
Até mesmo a torcida do Sport, desconfiada por conta do péssimo resultado do primeiro jogo, na Ilha do Retiro, quando foi derrotado por 2 x 0, ocupou todos os lugares que estavam reservados para eles, leoninos.
Diante dessa linda e nítida evidência, foi inevitável a comparação com os pobres conceitos de torcedores alagoanos e sergipanos, personagens que teimam, erroneamente, em valorizar clubes do sudeste do país, em detrimento aos times da própria terra.
No último final de semana, Confiança e Sergipe realizaram o maior clássico do vizinho Estado, jogando para um pouco mais de 2 mil torcedores. Algo, realmente, lamentável. Por sua vez, CSA e CRB quase que eram rebaixados nessa temporada, escapando nas penúltima e última rodadas.
O “vexame” protagonizado pelo presidente do Murici, que alardeou aos quatro cantos do mundo, o seu caso de amor pelo Flamengo e que muito me entristeceu, não foi visto em Fortaleza, quando o Flamengo foi eliminado pelo Vozão cearense. O mesmo comportamento, semelhante ao dos cearenses, acontece nas grandes capitais da nossa região.
Coincidentemente, nos Estados mais desenvolvidos economica e culturalmente do nordeste, tipo Bahia, Pernambuco e Ceará, esse amor exarcebado ao clubes de fora, não são tão exagerados, ao contrário do pensamento provinciano de estados mais pobres, em todos os sentidos, Alagoas, Sergipe, Paraíba, etc, etc e etc.
Por conta de tudo isso é que continuamos, cada vez mais, nos afundando em mediocridades culturais, sociais e esportivas. Que pena, Alagoas!!!!!