Ao marcar o gol de número cem, na partida de domingo passado, diante do Corinthians, na Arena Barueri, o goleiro Rogério Ceni roubou a cena do final de semana no futebol brasileiro. Diga-se de passagem , merecidamente.
O goleiro-artilheiro, que já era detentor da marca recorde de arilharia, para um jogador daquela posição, comemorou bastante o feito, independentemente do comportamento ridículo e grotesco do site corintiano, que afirmou ser aquele, o gol de número 98, pois os outros dois foram assinalados em amistosos, não sendo portanto, contabilizados pela FIFA.
Profissional exemplar, ótimo goleiro, líder nato do elenco sãopaulino, seu maior ídolo nos tempos modernos e talvez, da própria história tricolor, Ceni, aos 38 anos, merecia um tratamento melhor, por parte dos treinadores que passaram pela Seleção Brasileira. Nunca lhe deram uma sequência de jogos para que o mesmo se firmasse na posição de titular do nosso selecionado. Lamentável perca para o próprio futebol brasileiro.
Ao mesmo tempo em que vemos a proeza desse goleiro, extremamente diferenciado, uma coisa nos chama a atenção: Como pode, um futebol pentacampeão do mundo, ter num goleiro, o seu melhor cobrador de faltas? Ao analisarmos essa verdade, fico cada vez mais com a convicção de que nesse momento de pobreza/penúria técnica, pela qual passa o nosso futebol nos últimos anos, temos que abrir os olhos e pensarmos em trabalhar sério, para que não continuemos a decepcionar nos próximos Mundiais de futebol. Fatos esses que aconteceram nas disputas das Copas da Alemanha e da África do Sul. Sem contar que temos a obrigação de lembrar que o próximo Mundial será disputado no nosso país.
Diante desse triste quadro que vejo na atualidade do futebol brasileiro, aumentam mais e mais as responsabilidades sobre os ombros dos escassos talentos de Neymar, Lucas e Ganso. Deus queira que os mesmos tenham estrutura/personalidade, para aguentarem tamanhas cobranças.