A festa era o casamento do matuto, edição 2009 que acontecia em Piaçabuçu, quando encontrei com Evinho, filho mais velho de Eribaldo Dantas e lá trocamos alguns comentários sobre a festa. Logo, segui adiante já que estava trabalhando na transmissão da festa através da Rádio Penedo FM. Show do cantor Viola, atraiu gente e fez a rapaziada cantar “atuais sucessos de antigamente”, um paradoxo que só mesmo quem estava lá pra entender.
Final de show, algumas entrevistas e pegamos o caminho de volta para Penedo. PC nosso competente e preocupado piloto, ainda parou um carro e reconhecendo o estado etílico de um conhecido ofereceu uma ajuda no sentido de um outro motorista trazer o carro do bebum. Mas, a idéia de tentar ajudar sem necessidade logo veio a cabeça santa do nobre ébrio. Fazer o que se nesses momentos a razão se perde no meio da irresponsabilidade alcoólica?! Seguimos nosso caminho de volta a Penedo!
Ao parar o carro no portão de casa, logo recebi a notícia: O ERIBALDO MORREU! Fiquei meio tonto na hora, pois, imaginei mil coisas, inclusive no Evinho que devia ainda está em Piaçabuçu e não saber da morte do pai. Mas, logo fui informado também que ele já tinha sido comunicado e estava na emergência Antonio de Jesus, creio eu que vivendo angustiantes momentos ao lado de sua família e do corpo do pai já sem vida.
A notícia da morte de um amigo nunca vem só, ela traz uma série de sentimentos que confundem a mente e nos faz viajar ao passado e lembrar do quanto foi feito e do muito que ainda restava fazer. Eribaldo era seresteiro de carteirinha, onde tocava um violão e uma potente voz se erguia, lá estava o amigo para participar daquele momento.
No outro dia não restava mais nada, além de acompanhar o caixão de Eribaldo até o cemitério São Gonçalo do Amaranto e se emocionar com as últimas homenagens feitas por um grupo de seresteiros que junto com ele, tornou algumas noites penedenses muito mais bonitas e agradáveis.
Que as portas do céu se abram e que o coro dos mais belos anjos se renda ao toque do violão e recebam tu, Eribaldo Dantas, que partes de nosso convívio, mas, sempre será lembrado quando um violão tocar e uma voz potente disser que: “naquela mesa ta faltando ele e a saudade dele está doendo em mim”.